BRAGANÇA 30 /421
Lenda do lobisomem APL 3101
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 201 Pombal (CARRAZEDA DE ANSIÃES)Diziam-me as minhas tias e a minha mãe que o meu bisavô, um homem daqui da aldeia [Pombal de Ansiães], muito conceituado e muito amigo dos seus vizinhos, …
O lobisomem e o tropel na calçada APL 3102
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 202 Pombal (CARRAZEDA DE ANSIÃES)Ouve-se contar há muito tempo também que ali no Terreiro, ia um a passar na rua a altas horas da noite e, estando lá uma casa com a luz …
O diabo às costas APL 3103
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 203 Pombal (CARRAZEDA DE ANSIÃES)O tio Nestor tinha uma quinta na Ribeira. Tinha lá um grande olival, tinha lá uns lagares grandes e uns tonéis grandes. E se lhe apetecesse de à noite …
O pastor e a cobra APL 3104
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 204 Pombal (CARRAZEDA DE ANSIÃES)Um pastor que andava por ali [no Castelejo, junto ao S. Lourenço] com as ovelhas via sempre uma cobra. E admirava-se de a ver sempre por ali. Mexia-lhe com …
O mestre da música e as bruxas APL 3105
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 205 Pombal (CARRAZEDA DE ANSIÃES)Types: 3055,
Um senhor do Castanheiro vinha ensinar música aqui a uns rapazes ao Pombal durante o serão. Depois, montava no cavalo e ia embora, ia por aquela calçada que há ali …
A mulher que sonhou com ouro numa fraga APL 3106
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 206 Pombal (CARRAZEDA DE ANSIÃES)Conta-se então que uma senhora das Areias sonhou que estava lá muito ouro. E não sei a que horas ela lá teve que ir, mas seguiu as instruções do sonho …
As talhas de ouro e de peste em Pombal APL 3107
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 207 Pombal (CARRAZEDA DE ANSIÃES)Há uma fraga numa propriedade que se chama Esp’rão e diz que também lá estão dois potes enormes, ou duas talhas, uma cheia de ouro e outra cheia de peste. …
[O diabo e as feiticeiras do Sívio] APL 3108
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 209 Seixo De Ansiães (CARRAZEDA DE ANSIÃES)Na freguesia de Seixo de Ansiães, no caminho daquela povoação que conduz ao Rio Douro, no sítio denominado Calçadas, existe na borda do caminho uma pedra rectangular, medindo …
O pobrezinho e o Senhor da Cana Verde APL 3109
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 211 Selores (CARRAZEDA DE ANSIÃES)Passou numa ocasião ali [aldeia de Selores] um pobrezinho. Ali onde há um ribeiro que tinha uma ponte. Chegou depois ao adro, onde estava muita gente, e disse assim: …
O santo do pau de amieiro APL 3110
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 212 Selores (CARRAZEDA DE ANSIÃES)Num certo dia quente de Agosto, andava um pobrezinho a pedir esmola na aldeia de Selores. E ao entrar no quinteiro de uma casa, deparou com um pau de …
Milagre do Senhor da Cana Verde APL 3111
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 213 Selores (CARRAZEDA DE ANSIÃES)São muitos os milagres do Senhor da Cana Verde e as pessoas têm-lhe muita devoção. Numa ocasião, andava um senhor à caça, um senhor que ainda aqui tem netos. E …
A Fraga das Bruxas APL 3112
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 215 Vilarinho Da Castanheira (CARRAZEDA DE ANSIÃES)No termo de Pinhal do Douro [freguesia de Vilarinha da Castanheira], há um lugar que o povo identifica como a “Fraga das Bruxas”, onde, segunda a tradição, …
O ermo das bruxas APL 3113
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 219 Zedes (CARRAZEDA DE ANSIÃES)Há um sítio na aldeia de Zedes, do concelho de Carrazeda de Ansiães, que é conhecido por “ermo” e onde nenhuma erva nasce apesar de a terra ser …
A cobra e os fios de ouro APL 3114
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 220 Zedes (CARRAZEDA DE ANSIÃES)Numa fraga à ida para a nossa horta (no Gorgolão, sítio da freguesia de Zedes), uma vez passou lá uma mulher. Uma cobra saiu de uma fraga muito …
Lenda da cobra com cara de mulher APL 3115
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 221 Selores (CARRAZEDA DE ANSIÃES)Em tempos muito antigos, andava um certo lavrador a trabalhar numa terra junto às muralhas do castelo [de Ansiães] quando ouviu um ruído estranho lá dentro. Primeiro não deu …
[Do Postigo da Traição ao Vale da Osseira] APL 3117
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 225 CARRAZEDA DE ANSIÃES (BRAGANÇA)“Junto desta Torre [de Homenagem] está hum piqueno Postiguo que chamão de treição que olha para o norte, e poente por donde he vulgar tradição se escapara o Rey ou …
[Lenda da Portela da Armada] APL 3118
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 226 CARRAZEDA DE ANSIÃES (BRAGANÇA)No antigo termo de Anciães, há um sítio, chamado, ainda hoje, Portela da Armada, que foi onde, segundo a lenda popular, se armaram os cristãos para combater os …
O Vale da Osseira (Versão B) APL 3119
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 227 Fonte Longa (CARRAZEDA DE ANSIÃES)Na Fontelonga contam que, no tempo de Afonso III, de Leão, ou de Fernando Magno, quando estes conquistaram Ansiães, os mouros teriam fugido do castelo, através do postigo, …
O Vale da Osseira (Versão C) APL 3120
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 227 Seixo De Ansiães (CARRAZEDA DE ANSIÃES)Aqui [Seixo de Ansiães], segundo a tradição, depois da reconquista de Ansiães, pelos cristãos, centenas de mouros, vindo da Beira, atravessaram o rio Douro e desembarcaram na Portela …
[O ribeiro do Asno Morto] APL 3121
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 228 Vilarinho Da Castanheira (CARRAZEDA DE ANSIÃES)Conta-se que há muito tempo, havia um castelo no Vilarinho da Castanheira. Um dia, indo as tropas deste castelo combater a gente do castelo de Ansiães, encontraram-se no …
Fraga de João Fernandes APL 3122
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 222 Assares (VILA FLOR)Havia ali uma fonte onde uma mulher ia todos os dias e achava sempre um tanto de dinheiro depositado. Ao aparecer com o dinheiro em casa, o marido perguntava-lhe de …
O poço de ouro e o de veneno APL 3123
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 233 Assares (VILA FLOR)Também se conta que ao pé da fraga de João Fernandes há um poço de ouro, mas que está lá também um poço de veneno e que é a dita …
Lenda do Poço da Moura APL 3124
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 234 Assares (VILA FLOR)Na nossa aldeia [Assares] sempre se constou que os mouros estiveram acampados com os seus cavalos junto à ribeira onde há o lugar a que chamamos o Poço …
A vida bem lhe vai! APL 3125
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 235 Benlhevai (VILA FLOR)Ouvia-se muito noutros tempos contar que vinham os frades das Terras de Bouro fazer aqui [Benlhevai] as suas colectas pois estas terras pertenciam ao seu convento. Colocaram até …
Nossa Senhora e o Penedo Redondo APL 3126
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 236 Benlhevai (VILA FLOR)Dizia-se antigamente que Nossa Senhora quando ia a ser perseguida, ao passar por aquele lugar, escondeu-se ali no penedo redondo. E quando os inimigos já estavam perto, pra que a …
Lenda de Nossa Senhora do Carrasco APL 3127
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 237 Benlhevai (VILA FLOR)O lugar onde está a capelinha de Nossa Senhora do Carrasco [em Benlhevai] antes era apenas um monte, onde andava, numa ocasião, um lenhador com a sua picareta a …
[Ai que me magoaste!] APL 3128
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 237 Benlhevai (VILA FLOR)Conta-se em Benlhevai que, há muitos, muitos anos, andava um lenhador a fazer lenha num carrascal. Depois de cortar alguns carrascos, ouviu uma voz feminina que lhe disse:
— Ai …
[As feiticeiras de Candoso] APL 3129
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 238 Candoso (VILA FLOR)As [feiticeiras] de Candoso, [reúnem-se] na Costeira, sítio onde há largos vestígios de minas antigas. Certa noite, um homem que por ali passava viu muitas mulheres a dançar, …
A Fraga da Moura de Candoso APL 3130
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 239 Candoso (VILA FLOR)A Fraga da Moura é uma fraga muito grande, com muitos buracos lá por baixo, onde se diz que há um tesouro enterrado. E também se ouve dizer que há …
A Fraga do Ovo APL 3131
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 240 Carvalho De Egas (VILA FLOR)Essa Fraga do Ovo tem uns buracos por baixo, que era certamente onde os antigos escondiam as suas coisas.
Aqui há uns anos atrás, talvez há mais de cinquenta, havia …