BRAGA 30 /149
Lenda da Penedice APL 1030
AA. VV., -, Literatura Portuguesa de Tradição Oral, s/l, Projecto Vercial - Univ. Trás -os-Montes e Alto Douro, 2003, ME19 GUIMARÃES (BRAGA)Numa pequena aldeia minhota, reza a história que uma moura encantada era a guardiã de um grande tesouro que os seus antepassados enterraram num aglomerado rochoso, existente no cimo de …
A Cova dos Mouros APL 1031
AA. VV., -, Literatura Portuguesa de Tradição Oral, s/l, Projecto Vercial - Univ. Trás -os-Montes e Alto Douro, 2003, ME20 BRAGA (BRAGA)Na aldeia de Marrancos havia um moço muito tímido que não conseguia dizer nada do que pensava. Até que se apaixonou perdidamente por uma rapariga da sua terra.
Passava junto …
História do rio Mondego APL 1049
AA. VV., -, Literatura Portuguesa de Tradição Oral, s/l, Projecto Vercial - Univ. Trás -os-Montes e Alto Douro, 2003, L20 GUIMARÃES (BRAGA)Era uma vez uma princesa que se chamava Esmeralda e um príncipe cavaleiro que se chamava Diego. Ambos estavam apaixonados e viviam um amor sereno até ao dia em …
A Fonte da Gralha APL 1054
AA. VV., -, Literatura Portuguesa de Tradição Oral, s/l, Projecto Vercial - Univ. Trás -os-Montes e Alto Douro, 2003, L25 Riba De Ave (VILA NOVA DE FAMALICÃO)Era uma vez um capitão da guerra que vivia numa grandiosa fortaleza. Estava acompanhado por um grupo de soldados, a sua mulher e um filho.
Todos os dias, como forte …
Aboim da Nobrega APL 1474
PINHO LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de, Portugal Antigo e Moderno, Lisbon, Livraria Editora Tavares Cardoso & Irmão, 2006 [1873], Tomo I, p. 15 Aboim Da Nóbrega (VILA VERDE)O orago da freguezia é Nossa Senhora da Assumpção, cuja egreja foi em tempos remotos mosteiro de freiras bentas, Ha aqui um dente santo que dizem ser de S. …
Ave APL 1493
PINHO LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de, Portugal Antigo e Moderno, Lisbon, Livraria Editora Tavares Cardoso & Irmão, 2006 [1873], tomo I, p. 257 GUIMARÃES (BRAGA)Já se disse que uma das pontes que cortam este rio se chama de S. João; fica a 6 kilometros ao N. de Guimarães. Quando alguem d’estes sitios …
Baldreu APL 1498
PINHO LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de, Portugal Antigo e Moderno, Lisbon, Livraria Editora Tavares Cardoso & Irmão, 2006 [1873], tomo I, p. 312 Valdreu (VILA VERDE)É tradição que em um sitio despenhado havia a aldeia de Cabaninhas, cujos moradores eram pouco caritativos. Uma noite de tempestade chegou alli um mendigo a pedir abrigo, e …
Braga APL 1506
PINHO LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de, Portugal Antigo e Moderno, Lisbon, Livraria Editora Tavares Cardoso & Irmão, 2006 [1873], tomo I, p. 434 BRAGA (BRAGA)A 1:500 metros da cidade, na quinta de Semethe, que foi de frades crusios, ha uma fonte de agua tão fria, em todas as estações, que se não supporta …
Braga (2) APL 1507
PINHO LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de, Portugal Antigo e Moderno, Lisbon, Livraria Editora Tavares Cardoso & Irmão, 2006 [1873], tomo I, p. 456 Dume (BRAGA)Pelos annos 555 era Theodomiro rei dos suevos, tendo a sua côrte em Braga. Adoecendo gravemente seu filho primogenito, prometteu a S. Martinho Turonense abjurar o arianismo, se …
Briteiros APL 1508
PINHO LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de, Portugal Antigo e Moderno, Lisbon, Livraria Editora Tavares Cardoso & Irmão, 2006 [1873], tomo I, p. 491 Briteiros (Santa Leocádia) (GUIMARÃES)Contiguo á porta da egreja matriz está um tumulo de pedra, razo com o chão, fechado com grades de páo, coberto com seu telhado.
Consta que é sepultura do Santo …
Covíde APL 1534
PINHO LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de, Portugal Antigo e Moderno, Lisbon, Livraria Editora Tavares Cardoso & Irmão, 2006 [1873], tomo II, p. 431 Covide (TERRAS DE BOURO)A pequena distancia a E. de Covide, está a capella de Santa Eufemia, e junto a ella um penedinho de fórma espheroidal, para o qual se sobe por alguns …
[O fantasma acompanhante] APL 1601
SARMENTO, Francisco Martins, Antígua, Tradições e Contos Populares, Guimaraes, Sociedade Martins Sarmento, 1998, 44 Briteiros (Santa Leocádia) (GUIMARÃES)Um tal de Santa Leocádia, indo de noite para casa, encontrou um dos da Rua que tinha morrido, há anos. O fantasma seguiu-o sempre; de caminho tornou em dois …
A procissão das almas APL 1602
SARMENTO, Francisco Martins, Antígua, Tradições e Contos Populares, Guimaraes, Sociedade Martins Sarmento, 1998, 60 GUIMARÃES (BRAGA)Types: 4015,
Uma rapariga tinha de ir regar cedo. Passando pela igreja, viu-a cheia de gente que ouvia missa. Congratulou-se da fortuna e foi ajoelhar entre a turba. A gente começou a …
O galgo negro APL 1603
SARMENTO, Francisco Martins, Antígua, Tradições e Contos Populares, Guimaraes, Sociedade Martins Sarmento, 1998, 62 GUIMARÃES (BRAGA)A casa do D. Miguel Barbosa satisfaz um legado, dando de comer a uns tantos pobres. Explica o legado deste modo. Um dos velhos fidalgos desprezava os pobres, dando aos …
Procissão dos defuntos APL 1604
SARMENTO, Francisco Martins, Antígua, Tradições e Contos Populares, Guimaraes, Sociedade Martins Sarmento, 1998, 62 GUIMARÃES (BRAGA)A mulher nesta lenda passa no adro, indo levar um fole ao moinho. Pousou o fole, incorporando-se na procissão, que supunha de vivos, e ao retirar-se pediu a um dos …
Mouras em Santo Antoninho APL 1605
OLIVEIRA, Francisco Xavier d'Ataíde, As Mouras Encantadas e os Encantamentos do Algarve, Loule, Notícias de Loulé, 1996 [1898], 65 GUIMARÃES (BRAGA)Passando perto do monte de Santo Antoninho, um homem conhecido da D. Maria, declarou que vira uma moura a assoalhar dinheiro em cima dum penedo. Era na manhã de S. …
Moura na Abação APL 1606
SARMENTO, Francisco Martins, Antígua, Tradições e Contos Populares, Guimaraes, Sociedade Martins Sarmento, 1998, 65 Abação (São Tomé) (GUIMARÃES)Na Abação outro sujeito, também na manhã de S. João viu uma moura estar a lavar umas meadas de ouro numa presa, e ir estendê-las depois num penedo, que chamam …
[As Bruxas e a Cruz] APL 1607
SARMENTO, Francisco Martins, Antígua, Tradições e Contos Populares, Guimaraes, Sociedade Martins Sarmento, 1998, 75 Selho (São Lourenço) (GUIMARÃES)Um rapaz daquela freguesia (S. Lourenço de Selho), há muitos anos, passando uma noite por um sítio e ouvindo grande barulho de espadelas, foi ter à espadelada; mas …
Cobra (moura) APL 1608
SARMENTO, Francisco Martins, Antígua, Tradições e Contos Populares, Guimaraes, Sociedade Martins Sarmento, 1998, 75 GUIMARÃES (BRAGA)Antes de chegar ao “penedo dos casamentos”, há outro meio escalavrado dum tiro. Aí em tempos antigos, “cantava” uma grande cobra (zêê, zêê), que foi morta. Supõe-se que era moura.
Moura APL 1609
SARMENTO, Francisco Martins, Antígua, Tradições e Contos Populares, Guimaraes, Sociedade Martins Sarmento, 1998, 76 Donim (GUIMARÃES)Numa agra mais distante havia, disse uma rapariga, uma “cobra que se mudaria em moura, se lhe dessem um beijo”. A cobra — acrescentou outra mulher — tinha ela visto …
Moura guardando ovelhas APL 1610
SARMENTO, Francisco Martins, Antígua, Tradições e Contos Populares, Guimaraes, Sociedade Martins Sarmento, 1998, 77 GUIMARÃES (BRAGA)Na Citânia, para o lado da Lagiosa tem vista uma moura a fiar, e a guardar ovelhas. Sob a forma das ovelhas estão os seus tesouros. Aqui está um …
Olharapos APL 1611
SARMENTO, Francisco Martins, Antígua, Tradições e Contos Populares, Guimaraes, Sociedade Martins Sarmento, 1998, 78 Souto (Santa Maria) (GUIMARÃES)O Jerónimo, trabalhador, conhece uma história de olharapos, mas ignora a circunstância deles terem um só olho. Os olharapos são um povo ainda existente. Um homem de Souto, …
Mina da Citânia APL 1612
SARMENTO, Francisco Martins, Antígua, Tradições e Contos Populares, Guimaraes, Sociedade Martins Sarmento, 1998, 81 GUIMARÃES (BRAGA)Um homem, sabendo que os mouros da célebre mina da Citânia, davam esmola a quem lha pedia, foi lá. Os mouros prometeram-lha com a condição de que ele havia de …
Procissão de defuntos. Não chorar por anjinhos. APL 1613
SARMENTO, Francisco Martins, Antígua, Tradições e Contos Populares, Guimaraes, Sociedade Martins Sarmento, 1998, 82 GUIMARÃES (BRAGA)Uma mulher encontrando uma procissão de defuntos, escondeu-se na croca (oco) de um castanheiro (carvalho). A procissão passou por diante dela, e a mãe viu um seu filho anjinho com …
Os exorcismos cortam o ar APL 1617
OLIVEIRA, Francisco Xavier d'Ataíde, As Mouras Encantadas e os Encantamentos do Algarve, Loule, Notícias de Loulé, 1996 [1898], 90 GUIMARÃES (BRAGA)O pai falou nela. Tinha prometido uma missa à Senhora da Abadia, que não cumpriu. Quando ela, sabendo o motivo, mandou dizer a missa, de quinze pessoas que assistiam …
Labisomem APL 1618
SARMENTO, Francisco Martins, Antígua, Tradições e Contos Populares, Guimaraes, Sociedade Martins Sarmento, 1998, 100-101 GUIMARÃES (BRAGA)Sendo sete irmãs, a sétima fica para “peeira dos lobos”. Vai viver “sete anos” entre os lobos. Estes é que procuram alimentos para ela. Ela dorme na cova com eles. …
Fumo transformado em gato negro APL 1619
SARMENTO, Francisco Martins, Antígua, Tradições e Contos Populares, Guimaraes, Sociedade Martins Sarmento, 1998, 109 GUIMARÃES (BRAGA)Viu-o a Bragança em Santa Clara, às nove horas da noite, quando rezava por cima dos claustros. O fumo era avermelhado; foi descendo rapidamente e, chegando ao chão, transformou-se num …
Almas do outro mundo na Ponte do Campo da Feira APL 1620
SARMENTO, Francisco Martins, Antígua, Tradições e Contos Populares, Guimaraes, Sociedade Martins Sarmento, 1998, 110 GUIMARÃES (BRAGA)Uma ama de Vila Pouca teve um filho que deitou ao rio. Andou por ali muito tempo a ver se lhe encontrava um osso ao menos. Foi requerida com um …
Bruxa; novelos APL 1621
SARMENTO, Francisco Martins, Antígua, Tradições e Contos Populares, Guimaraes, Sociedade Martins Sarmento, 1998, 110 Briteiros (Santa Leocádia) (GUIMARÃES)Uma mulher, que em Santa Leocádia passava por bruxa (a mesma que para se vingar de um homem que se recusava a ir a uma malhada dela, o arrastara por …
Lobisomem fêmeo APL 1622
SARMENTO, Francisco Martins, Antígua, Tradições e Contos Populares, Guimaraes, Sociedade Martins Sarmento, 1998, 110 Covas (VILA VERDE)Diz a Margarida que sabia o caso de a sétima irmã ir viver entre os lobos. Ao homem pode-se-lhe quebrar o fado, fazendo-lhe sangue; à mulher não; tem de ir …