BRAGANÇA 30 /421
[Nossa Senhora e a menina leprosa] APL 3163
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 282 Vilas Boas (VILA FLOR)Nossa Senhora apareceu a uma menina que encontrou sozinha à beira do cabeço. Como tinha lepra, tinha de fugir das pessoas. Então Nossa Senhora perguntou-lhe:
— Tu queres-te curar?
— …
[A moura feita em horrendo bicho] APL 3164
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 284 Vilas Boas (VILA FLOR)Há mouras e tesouros encantados (...) na fonte do Lameiro de Cima, termo de Vilas Boas [concelho de Vila Flor]. Em 1925 foram lá uns homens cavar para desenterrar …
A menina tecedeira APL 3165
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 284 Vilas Boas (VILA FLOR)No lugar da fonte do Lameiro de Cima, onde agora há muitas casas, mas dantes não havia, e só lá estava a fonte, dizia-se que aparecia uma menina, e …
O padre e os figos da Fonte do Lameiro (versão B) APL 3166
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 285 Vilas Boas (VILA FLOR)O antigo pároco de Vilas Boas, para além desta tinha outras aldeias daquela zona como era o caso de Meireles e Ribeirinha. Um certo dia, depois de sair …
A menina encantada APL 3167
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 286 Vilas Boas (VILA FLOR)Era na noite de S. João. Nessa altura não tinham relógio na torre, não tinham nada e nunca sabiam as horas. Passou-se com uma tia-avó minha, quando era pequenina, isto …
O lobisomem de Vilas Boas APL 3168
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 287 Vilas Boas (VILA FLOR)Havia um homem que tinha esse fado em Vilas Boas. Nesses dias, ele desaparecia, pois tinha de correr as sete freguesias. E foi a própria mulher quem lhe tirou …
O lobisomem na Estrada da Mala APL 3169
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 288 Vilas Boas (VILA FLOR)Uma vez um homem daqui ia, ele mais o filho, com um carro de bois onde levavam uma pipa de vinho tratado. Iam ainda de noite com ela para o …
A menina nua na procissão APL 3170
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 289 Vilas Boas (VILA FLOR)Falava-se muito antigamente numas procissões nocturnas ao redor da nossa igreja. Eram as almas dos nossos defuntos que andavam lá. Dizia-se que saíam à 2ª feira pela meia-noite. Era também …
A perseguição dos pintainhos APL 3171
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 290 Vilas Boas (VILA FLOR)Ouvia dizer ao meu sogro que numa ocasião, aí pelas três da manhã, vinha ele na direcção de casa, que era no fundo do povo [em Vilas Boas], e …
Lenda da Pala da Feiticeira APL 3172
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 291 Vilas Boas (VILA FLOR)A Pala da Feiticeira, em Vilas Boas, é assim chamada porque se constava que, antigamente, era lá que se juntavam as feiticeiras destas redondezas. Iam para lá fazer …
O lobisomem da Azenha das Amoreiras APL 3173
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 292 Vilas Boas (VILA FLOR)Havia no lugar da Longra [Ribeirinha, freguesia de Vilas Boas] uma azenha, onde se ia moer o pão. Chama-se a “Azenha das Amoreiras”, por ter lá muitas amoreiras …
Lenda da origem de Ribeirinha APL 3174
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 293 Vilas Boas (VILA FLOR)Havia uma aldeia muito antiga de nome Serzeda, onde viviam pessoas que aí formaram casas de pedra e palha. Mas nasciam as crianças e logo apareciam comidas e mordidas. …
O carpinteiro e as feiticeiras APL 3175
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 294 Vilas Boas (VILA FLOR)Types: 3055,
Havia um homem que trabalhava de sol a sol na arte de carpinteiro. E para sustentar a família, tinha que se deslocar da sua aldeia, e ia por caminhos de …
Lenda das Fragas das Pombas APL 3176
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 295 Vilas Boas (VILA FLOR)Entre a estação da Ribeirinha e a de Abreiro, há uma parte com muitas fragas aonde lhe chamam as “Fragas das Pombas” e lá se encontra um …
Os cordeiros no cereal APL 3177
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 296 Vilas Boas (VILA FLOR)Contava a minha mãe que, quando ela era muito pequena e sendo criada com a mãe e o padrasto, eles tinham um rebanho de gado. Contava ela então cinco anos, …
A enxada que vertia sangue APL 3178
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 297 Vilas Boas (VILA FLOR)Contava a minha mãe que havia um homem em Samões [aldeia próxima de Ribeirinha] que não acreditava que havia Deus. Então, para dar o exemplo ao filho, na Sexta-Feira Santa …
A roupa raiada de sangue APL 3179
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 298 Vilas Boas (VILA FLOR)Também aconteceu numa Sexta-Feira santa um outro caso, num lugar aqui perto a que chamam o Lameiro do Prado [aldeia da Ribeirinha].
Dantes as pessoas, depois de lavarem as …
O segredo das feiticeiras APL 3180
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 299 Vilas Boas (VILA FLOR)Passou-se com um tio-avô meu, em Meireles, e contavam-no a minha avó e a minha mãe. Ele estava numa varanda a dormir a fresca, pois era Verão, e diz …
A ronda das feiticeiras APL 3181
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 300 Vilas Boas (VILA FLOR)O meu tio-avô tocava muito bem bandolim. Uma noite, a certa altura da madrugada, foram lá chamá-lo, à casa onde ele morava, em Meireles.
— Ó António Fraga, …
Lenda de Torre D. Chama APL 3231
GONÇALVES, João, Retalhos da vida transmontana: no passado e no presente, , sem editora, 1981, Torre De Dona Chama (MIRANDELA)Chamona se chamava a senhora, dona da Torre Moura, de rosto formosíssimo e pés de cabra. Por causa do seu defeito — os pés de cabra — nunca saía dos …
Masouco APL 3315
PINHO LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de, Portugal Antigo e Moderno, , Livraria Editora Tavares Cardoso & Irmão, 2006 [1873], Tomo V, pp. 120-121 Mazouco (FREIXO DE ESPADA À CINTA)Ha n’esta freguesia uma fonte chamada do Xído (ou Enxído), que principia a deitar agua no mez de março, e cessa em setembro.
Diz o padre Carvalho, que, quando o …
Mogadouro APL 3326
PINHO LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de, Portugal Antigo e Moderno, , Livraria Editora Tavares Cardoso & Irmão, 2006 [1873], Tomo V, p. 356 Mogadouro (MOGADOURO)Na egreja do mosteiro d’esta villa, é tida em grande veneração, uma imagem de Nossa Senhora da Conceição.
Ha d’esta imagem a lenda seguinte.
Havia n’esta villa …
Monte (Nossa Senhora do) APL 3331
PINHO LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de, Portugal Antigo e Moderno, , Livraria Editora Tavares Cardoso & Irmão, 2006 [1873], Tomo V, p. 459 Duas Igrejas (MIRANDA DO DOURO)Segundo a lenda, [um]a imagem da Senhora appareceu sobre uma gésteira (a que aqui dão o nome de escôva) a uma pastorinha de poucos annos.
A povoação e a …
Outeiro (2) APL 3371
PINHO LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de, Portugal Antigo e Moderno, , Livraria Editora Tavares Cardoso & Irmão, 2006 [1873], Tomo VI, pp. 358-359 Quintanilha (BRAGANÇA)Proximo da ribeira está a capella de Nossa Senhora, por isso denominada da Ribeira.
É um templo vasto, e que antigamente era prodigiosamente concorrido por peregrinos e romeiros, em quasi …
Poiares APL 3391
PINHO LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de, Portugal Antigo e Moderno, , Livraria Editora Tavares Cardoso & Irmão, 2006 [1873], Tomo VII, p. 114 Poiares (FREIXO DE ESPADA À CINTA)O que ha de mais notavel n’esta fregueria, é a celebre ponte e calçada de Alpragares – sendo aquella de um só arco, mas grande, e esta muito ingreme.
…
Poiares (2) APL 3392
PINHO LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de, Portugal Antigo e Moderno, , Livraria Editora Tavares Cardoso & Irmão, 2006 [1873], Tomo VII, p. 120 Poiares (FREIXO DE ESPADA À CINTA)Há na egreja [do Mosteiro dos Templários] uma antiquissima cruz, de pau santo, e de muito valor archeologico.
[…]
Segundo a tradição, andando uma mulher surda-muda a guardar gado, …
Póvoa APL 3401
PINHO LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de, Portugal Antigo e Moderno, , Livraria Editora Tavares Cardoso & Irmão, 2006 [1873], Tomo VII, p. 604 Póvoa (MIRANDA DO DOURO)Junto à aldeia da Póvoa, a distancia de 2 kilometros, no alto de um monte, ha um templo dedicado a Nossa Senhora do Nazo de construcção antiquíssima, ignorando-se por …
Rapa Velha APL 3412
PINHO LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de, Portugal Antigo e Moderno, , Livraria Editora Tavares Cardoso & Irmão, 2006 [1873], Tomo VIII, pp. 49-50 Linhares (CARRAZEDA DE ANSIÃES)Fica a 6 kilometros do logar de Linhares, termo da villa transmontana de Anciães. A uns 3 kilometros do dito logar, e a 45 metros do rio Douro …
Saccoias APL 3427
PINHO LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de, Portugal Antigo e Moderno, , Livraria Editora Tavares Cardoso & Irmão, 2006 [1873], Tomo VIII, p. 319 Meixedo (BRAGANÇA)Esta freguezia foi supprimida, por pequena, e annexa á de Meixêdo, que lhe fica 6 kilometros a O., e d’onde havia sido antigamente desmembrada.
Segundo a lenda, no …
Sendim da Serra APL 3436
PINHO LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de, Portugal Antigo e Moderno, , Livraria Editora Tavares Cardoso & Irmão, 2006 [1873], Tomo IX, p. 106 Sendim Da Serra (ALFÂNDEGA DA FÉ)Em 10 d’abril de 1603, appareceu (diz a lenda) a Santissima Virgem, a uma pastorinha, muda de nascimento, natural de Sendim da Serra, á qual disse que queria …