SANTARÉM 30 /150
S. Cristovam na Lua APL 276
SERRANO, Francisco, Elementos Históricos e Etnográficos de Mação, Macao, Câmara Municipal de Mação, 1998 [s/d], 150-151 MAÇÃO (SANTARÉM)Types: 751 E*,
Quando Nosso Senhor Jesus Cristo andava pelo mundo, em companhia de S. Pedro, adregava muitas vezes pernoitar em casa de um homem chamado Cristovam, que era um fiel …
A Água de São Gens APL 277
SERRANO, Francisco, Elementos Históricos e Etnográficos de Mação, Macao, Câmara Municipal de Mação, 1998 [s/d], 151-153 MAÇÃO (SANTARÉM)Junto da povoação de Santos, freguesia de Mação, eleva-se monte bastante alto, de forma conica, cujo vertice é coroado pela branca capelinha de São Gens.
Este monte, …
O Cão Negro APL 278
SERRANO, Francisco, Elementos Históricos e Etnográficos de Mação, Macao, Câmara Municipal de Mação, 1998 [s/d], 153-154 MAÇÃO (SANTARÉM)Houve em tempos remotos em Mação uma senhora dotada de muita riquesa mas falha de caridade e de espirito cristão.
Nunca se lembrava dos pobres para os socorrer nas suas …
A Pombinha APL 279
SERRANO, Francisco, Elementos Históricos e Etnográficos de Mação, Macao, Câmara Municipal de Mação, 1998 [s/d], 157-158 MAÇÃO (SANTARÉM)Ha já muitos anos faleceu uma mulher em Mação, deixando uma filha que vivia com seu pai.
Este possuía uma horta no sitio do Vale Longe, vale muito …
Milagres de Santo Antonio APL 280
SERRANO, Francisco, Elementos Históricos e Etnográficos de Mação, Macao, Câmara Municipal de Mação, 1998 [s/d], 158-160 MAÇÃO (SANTARÉM)Quando Santo Antonio era ainda menino já então fazia milagres que causavam a admiração de toda a gente que os presenceava.
Entre muitos outros contam-se os seguintes:
Em certo dia …
Portela da cruz dos Fieis de Deus APL 281
SERRANO, Francisco, Elementos Históricos e Etnográficos de Mação, Macao, Câmara Municipal de Mação, 1998 [s/d], 161-163 MAÇÃO (SANTARÉM)A Nascente da vila de Mação, passado o ribeiro do Paiafome, existe uma portela que dá vistas para o Vale do Maxial e Costas da Ribeira d’Eiras e …
O comboio dos portelinhos APL 1080
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, Vila Velha de Rodao, Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 103 MAÇÃO (SANTARÉM)Uma noite, quando o senhor Bento do Pereiro ia para o moinho, pouco depois de ter saído de casa, ouviu o soar de um comboio, coisa impossível naquele lugar. Mas, …
As bruxas da ladeira APL 1081
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, Vila Velha de Rodao, Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 103 MAÇÃO (SANTARÉM)A um homem da Ladeira estavam-lhe morrendo as cabras e, para deslindar o caso, foi aconselhar-se com uma bruxa. Informou-o esta tratar-se de trabalho de outras bruxas. E, recomendou-lhe quando …
A bruxa e o namorado APL 1082
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, Vila Velha de Rodao, Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 104 MAÇÃO (SANTARÉM)O senhor M. Fernandes do Pergulho namorava na povoação do Carvoeiro. Um dia, quando ia visitar a rapariga, no sítio do Lagar do Poçarro ele ouviu cantar e dançar …
O Cadela Branca APL 1084
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, Vila Velha de Rodao, Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 106 MAÇÃO (SANTARÉM)Um homem de nome Cadela Branca era lobisomem e passava quase todos os dias pela povoação de Capela. Um dia outro homem desta povoação espreitou-o e sabendo-o lobisomem picou-o …
A mulher do lobisomem APL 1085
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, Vila Velha de Rodao, Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 106-107 MAÇÃO (SANTARÉM)Uma mulher estava casada com um lobisomem mas desgostosa, aconselhou-se acerca da melhor forma de quebrar tal sina.
Foi aconselhada a que durante a noite saísse atrás dele e onde …
Bruxas do Vale Pinhora APL 1094
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, Vila Velha de Rodao, Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 118-119 MAÇÃO (SANTARÉM)O Tonho do Pereiro qu’ namorava a minha prima da Fêtera e tava lá im Lisboa e veio pra vir cá à inspecção (isto foi no tempe das cerejas) e …
O medo do Pereiro APL 1095
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, Vila Velha de Rodao, Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 119-120 MAÇÃO (SANTARÉM)O Luís Manuel do Rei foi muito atentado. A casa dele é logo perto da casa do mê pai. Qu’ vinha de jogar as cartas, ia sempre jogar as cartas, …
O Medo do Vale d'Água APL 1096
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, Vila Velha de Rodao, Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 120-121 MAÇÃO (SANTARÉM)O mê pai também... qu’ uma vez forim ós peixes, ó engano. Ó engano. apanham-se os peixes só na corrente, é pôr e alevantar a rede, só pôr e alevantar …
O cavalo da ribeira APL 1097
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, Vila Velha de Rodao, Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 128 MAÇÃO (SANTARÉM)Dizia o meu pai que na Pracana (qu’ele era da Pracana), quando era moço e ia dormir para os palheiros com os irmãos, como era hábito, aconteceu algumas vezes que …
As bruxas dos Degolados APL 1099
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, Vila Velha de Rodao, Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 129-130 MAÇÃO (SANTARÉM)Havia uma cachopa nos Degolados (ali perto do Carvoeiro), uma cachopa do meu tempo e uma vez tinha vindo pró...
O pai dela era resineiro e ela andava mais …
A luz do moinho branco APL 1110
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, Vila Velha de Rodao, Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 275 MAÇÃO (SANTARÉM)O meu pai contava muitas vezes qu’ia acender o pinheiro de São João à terra do Chaveiro. Ele ia... e que uma vez viu uma luz, eu sei lá, …
O medo das Fontaínhas APL 1111
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, Vila Velha de Rodao, Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 275-276 MAÇÃO (SANTARÉM)Eu uma vez andava nas Fontaínhas (ó pé da Bairrada, no caminho para a Mouta Recome), com outras pastoras da Pracana. Fui lá deitar folha de figueira às cabras. …
Esquife da fonte do meio alqueire APL 1112
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, Vila Velha de Rodao, Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 276 MAÇÃO (SANTARÉM)O meu avô Domingos era da Bairrada e a vida dele era carreiro, num havia carros. Tinha uma parelha de bois e transportava tudo, azeite e tudo. E aparecia-lhe muitas …
O burro do Ti Elias APL 1113
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, Vila Velha de Rodao, Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 277 MAÇÃO (SANTARÉM)O Ti Elias contou uma vez que ali no Lugar Canhoto qu’ ia um homem com um burro, c’uma carga, e a carga caiu-lhe e tava um homem sintado. E …
Medo do Vale das Porcas APL 1114
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, Vila Velha de Rodao, Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 277 MAÇÃO (SANTARÉM)O padre Pereira antigamente ia a d’zer missa ao Pergulho, naquele tempo a pé. Depois passava lá no Vale das Porcas. Depois sempre lá aparecia um medo. As …
Bruxas no Vale d'Água APL 1115
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, Vila Velha de Rodao, Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 278 MAÇÃO (SANTARÉM)Uma vez havia um homem do Serimógão, eu já num sei e quem e qu’ ele era. Tamém andava c’uns bois ali no Vale d’Agua a transportar coisas. E …
O mouro e a parteira APL 1124
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, Vila Velha de Rodao, Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 293 MAÇÃO (SANTARÉM)Types: 5070,
Um homem mouro que tinha uma mulher a parir necessitou de uma parteira e foi buscá-la à Bairrada.
Ele ia a cavalo. Enquanto trazia a parteira tapou-lhe os olhos, …
A moura do pente de ouro APL 1126
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, Vila Velha de Rodao, Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 294-295 MAÇÃO (SANTARÉM)Este acontecimento passou-se no Vale Peniche, ao fundo do Covão do Pedro, com um pastor do senhor Careira, de Mesão Frio. Andava a guardar as cabras e encontrou uma …
O moinho das calhondras APL 1134
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, Vila Velha de Rodao, Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 304-305 MAÇÃO (SANTARÉM)Types: 1135,
Há um moinho na Ribeira da Pracana chamado Moinho das Calhondras. É que certo dia o moleiro estava a assar uma febra e veio uma bruxa, pegou numa calhondra, …
Da Imagem de N. Senhora dos Mártires ou dos Milagres, da Vila de Punhete APL 1470
AGOSTINHO DE SANTA MARIA, Fr., Santuário Mariano, Alcalá, Imperitura, 2007 [1711], tomo III, parte I, Ch. XXXV, pp. 136-141 Tancos (VILA NOVA DA BARQUINHA)Os frades da comunidade do Loreto levaram a imagem para o seu mosteiro de Paylo-Pelle […] e a imagem reapareceu na sua capela original (pertencente ao povo da aldeia).
Alcanhões APL 1479
PINHO LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de, Portugal Antigo e Moderno, Lisbon, Livraria Editora Tavares Cardoso & Irmão, 2006 [1873], tomo I, p. 66 Alcanhões (SANTARÉM)Junto á Ponte do Frade, na estrada de Santarem a Alcanhões, ha um pequeno cabêço, cuja origem, segundo a tradição da gente d’estes sitios, é a seguinte:
Andando …
Almourol APL 1486
PINHO LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de, Portugal Antigo e Moderno, Lisbon, Livraria Editora Tavares Cardoso & Irmão, 2006 [1873], tomo I, p. 155 Tancos (VILA NOVA DA BARQUINHA)Era, no seculo, XII, senhor d’Almourol um emir arabe, chamado Al-morolan (do qual pretendem alguns que o castello tomou o nome), e o mouro n’elle habitava com sua filha, …
Almourol (2) APL 1487
PINHO LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de, Portugal Antigo e Moderno, Lisbon, Livraria Editora Tavares Cardoso & Irmão, 2006 [1873], tomo I, p. 156 Tancos (VILA NOVA DA BARQUINHA)Era dono do castello, em tempos antigos (ahi pelos seculos IX ou X), um senhor godo, chamado D. Ramiro, casado, e tendo uma filha unica.
Era um valoroso soldado, …
Benavente APL 1503
PINHO LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de, Portugal Antigo e Moderno, Lisbon, Livraria Editora Tavares Cardoso & Irmão, 2006 [1873], tomo I, p. 384 Benavente (BENAVENTE)Em uma das torres da egreja matriz d’esta villa, se vêem as armas dos condes de Benavente, figuradas em cinco conchas dispostas em aspa, sobre um escudo liso. É tradição …