CASTELO BRANCO 30 /350
Argemela APL 98
FAEL, Isabel Maria M.A. Lopes, Narrativas Populares, Covilhã, Centro de Formação da Ass. de Escolas do Conc. da Covilhã, 2000, 15 COVILHÃ (CASTELO BRANCO)Certo dia, uma mulher vinha de levar o comer aos filhos e ao homem lá para as bandas da Argemela, quando encontrou uma pastorinha a guardar o gado.
A …
O pecado APL 99
FAEL, Isabel Maria M.A. Lopes, Narrativas Populares, Covilhã, Centro de Formação da Ass. de Escolas do Conc. da Covilhã, 2000, 19 COVILHÃ (CASTELO BRANCO)Era uma vez um homem que se levantava muito cedo para tocar as Avé-Marias. Todos os dias, de manhã e à noite, ao pôr do sol, tocava os sinos.
-São …
O lobisomem APL 100
FAEL, Isabel Maria M.A. Lopes, Narrativas Populares, Covilhã, Centro de Formação da Ass. de Escolas do Conc. da Covilhã, 2000, 23 COVILHÃ (CASTELO BRANCO)Conta-se que uma mulher que tivesse sete filhos e nenhuma filha, um deles era lobisomem e quem tivesse sete filhas e nenhum filho, uma delas era bruxa.
Uma vez, numa …
Origem do nome da povoação APL 101
FAEL, Isabel Maria M.A. Lopes, Narrativas Populares, Covilhã, Centro de Formação da Ass. de Escolas do Conc. da Covilhã, 2000, 27 COVILHÃ (CASTELO BRANCO)Versão I
Era uma vez um boi que vinha à rua abaixo e o sino tinha um cordão e o boi vinha a passar e engalhou-se a corda no corno …
Lenda da senhora da estrela APL 102
FAEL, Isabel Maria M.A. Lopes, Narrativas Populares, Covilhã, Centro de Formação da Ass. de Escolas do Conc. da Covilhã, 2000, 29 COVILHÃ (CASTELO BRANCO)Isto aqui era uma mata muito grande e depois passou por cá um caçador, e depois o caçador apareceu-lhe um bicho, chamavam-lhe o bicho Pamparo, e depois o bicho ia …
A dança das bruxas APL 103
FAEL, Isabel Maria M.A. Lopes, Narrativas Populares, Covilhã, Centro de Formação da Ass. de Escolas do Conc. da Covilhã, 2000, 63 COVILHÃ (CASTELO BRANCO)Em Silvares havia dois lagares de azeite.
Durante o dia fazia-se o azeite. A noite, vinham as bruxas e de manhã estava tudo remexido.
As bruxas vinham das Relvas para …
Lenda da Capela da Nossa Senhora do Refúgio APL 104
FAEL, Isabel Maria M.A. Lopes, Narrativas Populares, Covilhã, Centro de Formação da Ass. de Escolas do Conc. da Covilhã, 2000, 67 COVILHÃ (CASTELO BRANCO)Um Sr. Maciel refugiou-se num castanheiro ao fundo do jardim do Conde da Covilhã ou seja, Conde do Refúgio. Refugiou-se num castanheiro onde foi feita uma capela e foi daí …
Vida de nossa senhora APL 445
BUESCU, Maria Leonor Carvalhão, Monsanto, Etnografia e Linguagem, Lisbon, Editorial Presença, 1984 [1958], 125-126 Monsanto (IDANHA-A-NOVA)Sã Juquim e Sant’Ana no tinham familha e vei-l’aquela menima por mei de ma flor. A menina era muita linda, como nunca houve nim haverá. À idade de set’anos mandaram-na …
A stória do tobias APL 446
BUESCU, Maria Leonor Carvalhão, Monsanto, Etnografia e Linguagem, Lisbon, Editorial Presença, 1984 [1958], 128-129 Monsanto (IDANHA-A-NOVA)Types: 507 A,
Havia um homa que se tchamava Tobias e era travalhador d’inxada. Naquele
tempo no interravam os mortos e deixévam-nos plo terreno afora. O homa vinha do travalho co a inxada …
Sã lázaro APL 447
BUESCU, Maria Leonor Carvalhão, Monsanto, Etnografia e Linguagem, Lisbon, Editorial Presença, 1984 [1958], 129 Monsanto (IDANHA-A-NOVA)O Senhôr Sã Lázaro era soltêro. Vivia com duas irmãs, Marta e Badalena. Era muito com Noss’Senhôr e cando andava por o mundo ia a vejité-los a casa.
Noss’Senhôr foi …
Sã marcos APL 448
BUESCU, Maria Leonor Carvalhão, Monsanto, Etnografia e Linguagem, Lisbon, Editorial Presença, 1984 [1958], 130 Monsanto (IDANHA-A-NOVA)Era um homa casado e a mulher trocou-o por ma barreguéda de figos lambazes. Por isso diz o povo que o Sã Marcos que é-i-a vinte cinco d’Abril deit’às figos …
O Jasuíta APL 449
BUESCU, Maria Leonor Carvalhão, Monsanto, Etnografia e Linguagem, Lisbon, Editorial Presença, 1984 [1958], 132 Monsanto (IDANHA-A-NOVA)Havia um homa que vivia num coléjo. Dêxou morrer dois companhêros sim os últemos sacramentos. Morreu e Noss’Senhôr no le pôde dar o Céu. O Senhôr mandou-o pr’àquele convento a …
A ponte d’alcantra APL 451
BUESCU, Maria Leonor Carvalhão, Monsanto, Etnografia e Linguagem, Lisbon, Editorial Presença, 1984 [1958], 136-137 Monsanto (IDANHA-A-NOVA)O imprêtêro foi prà fazer e apareê-l’um-damonho im fegura d’homa. Ele no sabia com’havi de fazer a ponte e o homa diz-l’assim:
— Êlha, dá-me tu a tu’alma qu’ê faço-t’a …
A campainha da ingreija APL 452
BUESCU, Maria Leonor Carvalhão, Monsanto, Etnografia e Linguagem, Lisbon, Editorial Presença, 1984 [1958], 137 Monsanto (IDANHA-A-NOVA)O noss’cabeço era muita rico. Na Laija do Pandão stavam lá mouras e mouros no tempo da mòrêma com meadas d’ouro stindidas na laija pra fazerem cabertores, e campainhas d’ouro. …
As mouras APL 453
BUESCU, Maria Leonor Carvalhão, Monsanto, Etnografia e Linguagem, Lisbon, Editorial Presença, 1984 [1958], 137 Monsanto (IDANHA-A-NOVA)Mnha ti’Rosa, duma òcasieo, era pecanina e foi às gestas com outras catchopinhas, prà Senhôra do Pé da Cruz, e incontrou lá ma moura qu’era ma mulher muito pecanina …
O penedo que dou linho APL 454
BUESCU, Maria Leonor Carvalhão, Monsanto, Etnografia e Linguagem, Lisbon, Editorial Presença, 1984 [1958], 138 Monsanto (IDANHA-A-NOVA)Um’òcasiêo, havia ma moura ali pró Rovim. Ia p’ra lá ma catchopinha co gado e todos os dias l’apracia aquela mulher muita linda. Ele dixe à mãe:
— Elhe …
A boa e a má hora APL 455
BUESCU, Maria Leonor Carvalhão, Monsanto, Etnografia e Linguagem, Lisbon, Editorial Presença, 1984 [1958], 155 Monsanto (IDANHA-A-NOVA)Dum’òcasieo, mê pedrinho qu’era mê sogro, stav’à namorar nema casa. Foi-s’imbora e cando tchegou ò aidro, vi ma sombra branca muito alta, qu’er’á Boa Hora. Sobr’ela vei logo a Má …
O cabeço do carvão APL 545
MOURA, José Carlos Duarte, Contos, Mitos e Lendas da Beira, Coimbra, A Mar Arte, 1996, 7 Alcains (CASTELO BRANCO)Uma vez ia um caçador a passar pelo Cabeço do Carvão em Alcains. Uma mulher ao longe acenou-lhe. “Que me quererá ela”, pensou o caçador. Quando lá chegou ela …
O cabeço do cachopinho APL 546
MOURA, José Carlos Duarte, Contos, Mitos e Lendas da Beira, Coimbra, A Mar Arte, 1996, 7 Alcains (CASTELO BRANCO)Em Alcains há um cabeço com este nome: dizem que há muitos anos um cochopinho que andava ali o guardar o seu rebanho desapareceu. Depois de muito procurar o rapaz …
Sino da igreja APL 547
MOURA, José Carlos Duarte, Contos, Mitos e Lendas da Beira, Coimbra, A Mar Arte, 1996, 7 Alcains (CASTELO BRANCO)Andavam dois homens o lavrar o cabeço da Pelada. Um era de Alcains e o outro do Lardosa. Encontraram um sino que a charrua trouxe à superficie.
Cada …
A fada do cabeço de carvão APL 548
MOURA, José Carlos Duarte, Contos, Mitos e Lendas da Beira, Coimbra, A Mar Arte, 1996, 9-10 Alcains (CASTELO BRANCO)Dizem alguns que se alguém desse sete voltas e meia ao Cabeço do Carvão, da meia-naite à uma hora da madrugada, sem olhar para trás, abrir-se-ia uma porta do …
O chibato da feiteira APL 549
MOURA, José Carlos Duarte, Contos, Mitos e Lendas da Beira, Coimbra, A Mar Arte, 1996, 10 Alcains (CASTELO BRANCO)Diz-se que um dia à meia-noite um homem descia no caminho da Feiteira (Alcains) e ouviu uns berros de um cabrito. Apanhou o animal, pô-lo ao pescoço e …
Senhora do valverde APL 550
MOURA, José Carlos Duarte, Contos, Mitos e Lendas da Beira, Coimbra, A Mar Arte, 1996, 11 Cafede (CASTELO BRANCO)Diz-se que a capela da Nossa Senhora do Valverde, foi noutros tempos construída noutro local. Segundo consta os povos do Juncal e do Freixial do Campo, muito devotos …
Os habitantes do subsolo APL 552
MOURA, José Carlos Duarte, Contos, Mitos e Lendas da Beira, Coimbra, A Mar Arte, 1996, 12-13 Castelo Branco (CASTELO BRANCO)Types: 5070,
Vai já para alguns anos quando uma parteira terminou o seu turno e saíu.
À porta do Hospital, foi abordada por um indivíduo de aspecto algo esquisito.
O indivíduo pediu-lhe …
Lenda de s. sebastião APL 553
MOURA, José Carlos Duarte, Contos, Mitos e Lendas da Beira, Coimbra, A Mar Arte, 1996, 14-15 Escalos De Baixo (CASTELO BRANCO)Contam os mais velhos que durante as Guerras de lndependência, os Escalos de Baixo foram invadidos pelos Castelhanos. Mais tarde, chegaram até Castelo Branco as tropas Franco-Espanholas. Chegou então aos …
O cruzeiro ensombrado APL 554
MOURA, José Carlos Duarte, Contos, Mitos e Lendas da Beira, Coimbra, A Mar Arte, 1996, 15 CASTELO BRANCO (CASTELO BRANCO)Num dia de Verão, um casal resolveu ir buscar colmo para fazer vassouras e dirigiram-se para uma ribeira no Alentejo. Quando lá chegaram havia muito colmo e começaram a …
O cavalo mágico APL 556
MOURA, José Carlos Duarte, Contos, Mitos e Lendas da Beira, Coimbra, A Mar Arte, 1996, 16 CASTELO BRANCO (CASTELO BRANCO)Era uma vez uns grupos de casais que foram a acampar atrás do posto da Polícia em Toulosa. Nessa noite o burro da minha tia começou aos coices ao …
O cavalo preto APL 557
MOURA, José Carlos Duarte, Contos, Mitos e Lendas da Beira, Coimbra, A Mar Arte, 1996, 16 CASTELO BRANCO (CASTELO BRANCO)Era uma vez um homem que veio até à Fonte Longa ao Clube Desportivo, mais ou menos às 10h00 foi para casa e no meio dos pinheiros viu um cavalo …
As três chamas APL 558
MOURA, José Carlos Duarte, Contos, Mitos e Lendas da Beira, Coimbra, A Mar Arte, 1996, 16 CASTELO BRANCO (CASTELO BRANCO)Era uma vez uma senhora e um grupo de homens que foram apagar um fogo a outra terra. Ao voltarem de noite viram no caminho três chamas. Um homem atirou-lhes …
Lenda da moura da maria gadanha APL 559
MOURA, José Carlos Duarte, Contos, Mitos e Lendas da Beira, Coimbra, A Mar Arte, 1996, 16-17 Lardosa (CASTELO BRANCO)Um dia muito belo apareceu a um senhor uma moça muito bela e que tinha cabelos de ouro. Essa pessoa que passava por ali ao nascer o sol viu a …