CASTELO BRANCO 30 /350
A maçã de Adão APL 1127
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, , Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 300-301 PROENÇA-A-NOVA (CASTELO BRANCO)Decerto já reparaste no pescoço de uma mulher e no pescoço de um homem. São diferentes.
Na parte da frente, o da mulher é liso e o do homem tem …
Lenda do poço da caldeira APL 1128
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, , Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 301 Vila Velha De Ródão (VILA VELHA DE RÓDÃO)Andava o dito de boca em boca que quem sonhasse três noites seguidas que estava uma caldeira de oiro num certo poço e não contasse a ninguém podia ir lá …
A Penha Amarela e as Portas do Almourão APL 1129
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, , Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 301-302 Vila Velha De Ródão (VILA VELHA DE RÓDÃO)Conta-se ainda que, alguns anos mais tarde, pai e filho andavam à azeitona quando se lembraram do que tinham, na altura, dito os mouros “entre o Tejo e o Ocreza …
Ferraduras do ribeiro das ferraduras APL 1130
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, , Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 302 Perais (VILA VELHA DE RÓDÃO)Na ribeira das Ferraduras, perto de Perais, existem gravadas na rocha algumas ferraduras. Dizem ter sido feitas pelo burro de Nosso Senhor Jesus Cristo quando por ali passou.
Oliveira da Cancela APL 1131
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, , Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 302 Perais (VILA VELHA DE RÓDÃO)Conta-se que quando ainda não havia nenhuma oliveira na região de Perais veio um dia um tronco ao Tejo abaixo e as pessoas acharam-no jeitoso e levaram-no para batente da …
Tapada dos pés APL 1132
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, , Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 303 Sarnadas De Ródão (VILA VELHA DE RÓDÃO)Contam as pessoas mais idosas de Sarnadas que este nome lhe vem dum caso sucedido com uma pessoa que se perdeu naquelas imediações aonde a noite a veio surpreender.
Como …
A fonte boa de Sarnadas APL 1133
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, , Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 303-304 Sarnadas De Ródão (VILA VELHA DE RÓDÃO)Nas imediações desta aldeia ainda hoje se podem observar os restos de uma fossa que o povo diz ser noutros tempo a fonte d’aldeia. Logo que surgiram os primeiros moradores. …
Lenda da Senhora de Alagada (1) APL 1135
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, , Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 306 Vila Velha De Ródão (VILA VELHA DE RÓDÃO)Relativamente à construção da capela há uma lenda que eu vou contar: já há muitos, muitos anos, numa noite invernosa, uma tempestade fez transbordar o Tejo das margens, arrastando com …
Lenda da Senhora de Alagada (2) APL 1136
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, , Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 306 Vila Velha De Ródão (VILA VELHA DE RÓDÃO)It is said that the image of Our Lady of Alagada (of the Flood) appeared in the hole of an olive tree, in the place where her chapel stands today. …
O penedo do sardão APL 1137
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, , Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 307 Vila Velha De Ródão (VILA VELHA DE RÓDÃO)Na Foz do Cobrão existe um penedo chamado Penedo do Sardão. Dizem que o penedo tem um sardão desenhado “só que ninguém o viu porque já foi há muito …
O tesouro do ribeiro de São Pedro APL 1138
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, , Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 307 Vila Velha De Ródão (VILA VELHA DE RÓDÃO)Quando eu era mais novo, passava todos os dias ali à aba de uma azinheira (por baixo da via férrea) onde havia uma coisa parecida com uma caixa de pedra. …
Lenda dos Castelos APL 1139
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, , Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 311 Perais (VILA VELHA DE RÓDÃO)Ali parece que houve, aquilo era habitado, aquilo há lá sítios de casas e parece que fugiram d’lá porque havia tantas formigas, tantas, tantas, que as crianças morriam todas, as …
Lenda do Monte Queimado APL 1140
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, , Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 311 Vila Velha De Ródão (VILA VELHA DE RÓDÃO)O Monte Queimado, na área da Sarnadinha, dizem que foi uma antiga povoação. Contam que terá sido a antiga povoação de Chão das Servas. Após uma invasão de …
A Calva APL 1141
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, , Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 311 PROENÇA-A-NOVA (CASTELO BRANCO)O sítio da Calva corresponde a um cabeço sobranceiro à aldeia de Murteira.
Actualmente está florestado com eucaliptos. Este cabeço é referido na tradição local como local de habitação. …
Cerca do Peral APL 1142
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, , Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 312 Peral (PROENÇA-A-NOVA)Diz a lenda que existe uma grade de oiro no Poço Fundo. O indivíduo que sonhasse três noites consecutivas com a grade poderia vir buscá-la. Numa ocasião um homem …
S'la Velha APL 1143
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, , Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 312 Vila Velha De Ródão (VILA VELHA DE RÓDÃO)Consta, na tradição oral, que foi este o local de assentamento primitivo da comunidade de Sobral Fernando. Segundo a lenda, foi abandonada porque as formigas comiam os olhos às …
Salgueiral Velho APL 1144
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, , Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 313 Vila Velha De Ródão (VILA VELHA DE RÓDÃO)No Salgueiral [Vila Velha de Ródão] uma anciã falou-nos no Salgueiral Velho, local da antiga povoação, a qual foi abandonada por haver muitas formigas tendo a população passado ao Gavião …
Três palavras para achar o que se perdeu APL 1145
MOURA, José Carlos Duarte, Histórias e Superstições na Beira Baixa, , RVJ editores, 2008, 9 CASTELO BRANCO (CASTELO BRANCO)Dizem que esta história aconteceu numa aldeia Raiana num local designado por Lapa, situado entre as fragas rochosas num dos locais mais levados da aldeia. Já era noite passava …
O aviso da diabólica APL 1146
MOURA, José Carlos Duarte, Histórias e Superstições na Beira Baixa, , RVJ editores, 2008, 9 CASTELO BRANCO (CASTELO BRANCO)Certa vez um homem ia pelos campos à noite, o que por ali acontecia com frequência, quando quase todos trabalhavam no campo.
Começou a ouvir barulhos estranhos atrás de si, …
Obras da diabólica APL 1147
MOURA, José Carlos Duarte, Histórias e Superstições na Beira Baixa, , RVJ editores, 2008, 10 Penha Garcia (IDANHA-A-NOVA)Ouve-se por ali dizer que em tempos idos, os “medos”, andavam no meio das pessoas.
Um dia nesses remotos tempos, a diabólica caçou um homem, segurou-o com as suas garras …
A passagem dos lobisomens APL 1148
MOURA, José Carlos Duarte, Histórias e Superstições na Beira Baixa, , RVJ editores, 2008, 10 Penha Garcia (IDANHA-A-NOVA)Aconteceu faz já muito tempo, quando ainda era novo, um homem vinha por aqueles caminhos depois de ter feito um serão com as raparigas.
Tudo começou com um “stropel” (barulho) …
O barranco e a encruzilhada APL 1149
MOURA, José Carlos Duarte, Histórias e Superstições na Beira Baixa, , RVJ editores, 2008, 10-11 Penha Garcia (IDANHA-A-NOVA)Em tempos idos, era já quase noite, um homem ia da aldeia passando por um caminho entre as serras. Aproximava-se agora do meio do caminho, ou melhor de uma encruzilhada …
A maldição APL 1150
MOURA, José Carlos Duarte, Histórias e Superstições na Beira Baixa, , RVJ editores, 2008, 11 Penha Garcia (IDANHA-A-NOVA)Em tempos, existiu ali um homem que era muito cruel, diz o povo que ele morreu há cerca de 70 anos.
Este homem era juiz e a sua crueldade foi …
Os lobisomens APL 1151
MOURA, José Carlos Duarte, Histórias e Superstições na Beira Baixa, , RVJ editores, 2008, 11-12 Penha Garcia (IDANHA-A-NOVA)Diz-nos alguém: quando eu era novo e trabalhava no campo fiz algumas “cepas” com alguns lobisomens. Um deles, quando caía o dia nas segundas-feiras começava apegar com a mulher e …
As bruxas APL 1152
MOURA, José Carlos Duarte, Histórias e Superstições na Beira Baixa, , RVJ editores, 2008, 12-13 Castelo Branco (CASTELO BRANCO)Types: *746,
Em tempos viveu por ali um grupo de mulheres que eram bruxas, mas das quais ninguém suspeitava. Reuniam-se pela calada da noite numa casa onde só vivia a “chefa” das …
Os dois compadres APL 1153
MOURA, José Carlos Duarte, Histórias e Superstições na Beira Baixa, , RVJ editores, 2008, 13 Castelo Branco (CASTELO BRANCO)Certa vez dois compadres tiraram-se de razões, no campo e andaram à bulha. Um deles, bastante zangado, pensa e diz para si: “Quando à noite estiveres na choça - local …
A ronda e a bruxa APL 1154
MOURA, José Carlos Duarte, Histórias e Superstições na Beira Baixa, , RVJ editores, 2008, 14 Alcains (CASTELO BRANCO)Isto que te vou contar, aconteceu mesmo com o meu pai.
Andava ele mais dois rapazes e três raparigas a cantar e a tocar à ronda. Isto quando passaram pela …
A morte da bruxa APL 1156
MOURA, José Carlos Duarte, Histórias e Superstições na Beira Baixa, , RVJ editores, 2008, 14 Castelo (SERTÃ)Isto aconteceu faz uns tinta anos à minha avó e às minhas vizinhas. Uma noite a minha avó e as minhas vizinhas, estavam a velar uma pessoa que morreu, que …
Um jantar para o diabo APL 1157
MOURA, José Carlos Duarte, Histórias e Superstições na Beira Baixa, , RVJ editores, 2008, 15 Castelo (SERTÃ)Em tempos antigos no Carvalhal dos Ramalhos andava um homem a debulhar o trigo numa eira. Quando o trigo estava debulhado, quase à tardinha o homem queria limpar o trigo, …