PROENÇA-A-NOVA 28 /58
As bruxas das lanternas APL 846
VILHENA, M. Assunção, Gentes da Beira Baixa, , Colibri, 1995, 106 PROENÇA-A-NOVA (CASTELO BRANCO)Um rapaz que saiu do café, já depois da meia-noite, há pouco tempo, encontrou três bruxas cada uma com a sua lanterna acesa. Eram duma povoação do concelho que tem …
“Passas para lá, mas não passas para cá…” APL 847
VILHENA, M. Assunção, Gentes da Beira Baixa, , Colibri, 1995, 106-107 PROENÇA-A-NOVA (CASTELO BRANCO)Na aldeia da Mó havia um casal feliz cuja esposa, ainda jovem, estava no fim do tempo da gravidez. Uma noite sentiu sinais de parto, preveniu o marido e este, …
O saboeiro lobisomem APL 848
VILHENA, M. Assunção, Gentes da Beira Baixa, , Colibri, 1995, 107 São Pedro Do Esteval (PROENÇA-A-NOVA)Havia um saboeiro que passava várias vezes a S. Pedro do Esteval e lá contava a sua sina de ser lobisomem. Quando lhe subia aquela onda, chegado à primeira encruzilhada …
O paneiro lobisomem APL 849
VILHENA, M. Assunção, Gentes da Beira Baixa, , Colibri, 1995, 107 Proença-A-Nova (PROENÇA-A-NOVA)Diz-se que havia um vendedor de fazendas, que costumava ir às feiras de Proença-a-Nova, e que era lobisomem. Quando sentia a onda espojava-se nos encruzadoiros e, como lá havia …
O pisco escrivão APL 1076
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, , Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 37-38 PROENÇA-A-NOVA (CASTELO BRANCO)Deus estava na fase de ordenação do Mundo que acabara de criar. E pela sua frente, e de S. Pedro, iam desfilando os animais, cada qual mencionando as suas …
A Criação da Cobra APL 1077
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, , Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 38 PROENÇA-A-NOVA (CASTELO BRANCO)Deus criou a cobra e esta ficou muito descontente por ficar condenada a passar a vida inteira a rastejar e perseguida.
- Como se podia defender? Perguntou a Deus.
Deus …
A rolinha brincalhona APL 1078
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, , Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 39 PROENÇA-A-NOVA (CASTELO BRANCO)Quem já andou na escola, e mesmo quem nunca o fez, sabe a função utilitária desta instituição.
Mas reconhece também, penso eu, o prazer que é faltar à escola, ir …
A bruxa que quebrou a sina APL 1083
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, , Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 104-105 PROENÇA-A-NOVA (CASTELO BRANCO)Era uma vez uma rapariga que namorava um rapaz há já muito tempo. Namoro que era contra a vontade dos pais dela.
Já um sem número de vezes o rapaz …
As bruxas do ribeiro APL 1086
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, , Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 107 PROENÇA-A-NOVA (CASTELO BRANCO)Conta-se em Rabacinas que ao irem as pessoas, durante a noite, para o moinho do Ribeiro, verificar o seu bom funcionamento, enquanto moça uma dessas pessoas via à sua frente …
O Medo do Alto da Piloteira APL 1087
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, , Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 43-44 PROENÇA-A-NOVA (CASTELO BRANCO)Conta-se ter-se esta história passado com o meu avô e o seu irmão.
Era inverno, a noite vinha cedo e a hora já ia espigada. Vinham lado a lado pelo …
O coice do lobisomem APL 1088
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, , Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 109-110 PROENÇA-A-NOVA (CASTELO BRANCO)Ambos entraram no moinho. Acenderam a candeia e puseram-se ao trabalho.
No fim, deitaram-se sobre sacos vazios e entre taleigos, mais para descansar do que para dormir.
Mas, quando um …
O meu avô e a bruxa APL 1089
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, , Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 110 PROENÇA-A-NOVA (CASTELO BRANCO)Esta outra história dizem ter sido igualmente passada com o meu avô, mas ele jamais relevou o nome da mulher interveniente.
Durante o Verão, preferia o meu avô dormir no …
A namorada do Vale d'Água APL 1090
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, , Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 111-112 PROENÇA-A-NOVA (CASTELO BRANCO)Informaram-me ter sido o meu pai o protagonista desta história.
Era novo e namorava na altura uma moça no Vale d’Água. Às tantas da noite, e depois de estar …
Mestre Luis e a chiba embruxada APL 1091
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, , Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 112-113 PROENÇA-A-NOVA (CASTELO BRANCO)- Fique cá Ti Luís, dorme ali no palheiro. Já não são horas de ir para Rabacinas.
- Não, não, vou dormir a casa e amanhã estarei de …
As varas embruxadas APL 1092
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, , Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 114 PROENÇA-A-NOVA (CASTELO BRANCO)Dia seguinte ao da matança. No meio da casa havia uma boa alguidarada de chouriços para encher. O trabalho prolongou-se pela noite dentro. Às tantas faltaram varas e a dona …
Por baixo de toda a folha APL 1093
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, , Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 114-115 PROENÇA-A-NOVA (CASTELO BRANCO)Types: *746,
No tempo em que ainda havia bruxas. Sim, porque agora já as não há, é que os fios eléctricos acabaram com elas. Bruxa que tocasse em fio eléctrico, era uma …
O medo do Fojo APL 1098
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, , Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 128-129 PROENÇA-A-NOVA (CASTELO BRANCO)A minha mãe diz que a casa da minha tia do Fojo, das Cimadas, noutro tempo, tinha uma varandinha e qu’ela ia pra lá dormir com as filhas. …
O banho de São Bento APL 1103
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, , Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 265-266 PROENÇA-A-NOVA (CASTELO BRANCO)Aproximava-se a Festa de São Bento, na freguesia de Cardigos. E, como já vinha sendo hábito por esta altura, as raparigas foram lavar o santo ao rio. É …
O Traitolas APL 1105
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, , Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 269 PROENÇA-A-NOVA (CASTELO BRANCO)O Cadafaz dista alguns quilómetros de Rabacinas e Maxiais. Fica na margem esquerda da Ribeira da Fróia e é um lugar de muitas hortas.
Diziam que aparecia aqui uma …
O medo da Pracana APL 1116
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, , Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 278 PROENÇA-A-NOVA (CASTELO BRANCO)A Ti Rainha contava que enquanto habitou nas margens da ribeira da Pracana ouvia, durante a noite, barulhos de loiça. Parecia que a loiça que deixava a noite no alguidar …
A maçã de Adão APL 1127
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, , Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 300-301 PROENÇA-A-NOVA (CASTELO BRANCO)Decerto já reparaste no pescoço de uma mulher e no pescoço de um homem. São diferentes.
Na parte da frente, o da mulher é liso e o do homem tem …
A Calva APL 1141
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, , Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 311 PROENÇA-A-NOVA (CASTELO BRANCO)O sítio da Calva corresponde a um cabeço sobranceiro à aldeia de Murteira.
Actualmente está florestado com eucaliptos. Este cabeço é referido na tradição local como local de habitação. …
Cerca do Peral APL 1142
HENRIQUES, Francisco , Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros, , Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001, 312 Peral (PROENÇA-A-NOVA)Diz a lenda que existe uma grade de oiro no Poço Fundo. O indivíduo que sonhasse três noites consecutivas com a grade poderia vir buscá-la. Numa ocasião um homem …
“História da Bruxa Pastora” APL 1757
AA. VV., -, Inquérito Boléu (recolhas inéditas), , Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, , 104-105 Sobreira Formosa (PROENÇA-A-NOVA)“Um caçador viu uma bruxa qu’era pastora. Fecou a gorda-la. Ela despiu-se e inlaburdou-se toda no tchão e transfermou-se in alemal e foi tchoupari, o sangue, a um velhinhu doante …
[esponjinho] APL 2903
SALVADO, Maria Adelaide Neto, Remoínhos, Ventos e Tempos da Beira, , Band, 2000, 21 Proença-A-Nova (PROENÇA-A-NOVA)Era uma vez uma mulherzinha que se chamava Maria, que ia por um caminho adiante, no meio de um pinhal, e veio um esponjinho e ela ficou no meio …
[esponjinho] APL 2920
SALVADO, Maria Adelaide Neto, Remoínhos, Ventos e Tempos da Beira, , Band, 2000, 40-41 Proença-A-Nova (PROENÇA-A-NOVA)Um esponjinho é quando no verão está tudo muito calmo e de repente se levanta muito vento. É como que seja assim uma coisa que vem do chão, de repente, …
[A bola de palha, o borrego e a bruxa] APL 2921
SALVADO, Maria Adelaide Neto, Remoínhos, Ventos e Tempos da Beira, , Band, 2000, 41-43 Proença-A-Nova (PROENÇA-A-NOVA)Quando era mais novo e quando ia para o Alentejo, para a ceifa, é que aconteciam coisas esquisitas. Uma vez no verão, estava muito calor e eu mais um outro …
[esponjinhos] APL 2930
SALVADO, Maria Adelaide Neto, Remoínhos, Ventos e Tempos da Beira, , Band, 2000, 59 Proença-A-Nova (PROENÇA-A-NOVA)As cousas ai tudo a rolar chama-se esponjinhos. Há esponjinhos principalmente no verão. Andam à roda, à roda. Já até tem dado um estouro, que aquilo até mete medo. Um …