PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010
Lenda de Nossa Senhora do Carrasco APL 3127
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 237 Benlhevai (VILA FLOR)O lugar onde está a capelinha de Nossa Senhora do Carrasco [em Benlhevai] antes era apenas um monte, onde andava, numa ocasião, um lenhador com a sua picareta a …
Lenda de Vila Flor (versão B) APL 3151
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 268 Vila Flor (VILA FLOR)O lugar onde hoje é a vila chamava-se antigamente Póvoa de Além Sabor. E conta-se que, quando o rei D. Dinis andou em visita por estas terras, foi muito …
Lenda do carvalho de Egas (Versão B) APL 3132
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 241 Carvalho De Egas (VILA FLOR)Há uma lenda que relaciona o nome de Carvalho de Egas com a caminhada que Egas Moniz fez, descalço e de corda ao pescoço, até Castela. Conta-se que Egas …
Lenda do carvalho de Egas (Versão C) APL 3134
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 242 Carvalho De Egas (VILA FLOR)Este lugar chamava-se antigamente Lisbuínha. Mas passou a chamar-se Carvalho de Egas, pois passou ali um tal Egas, dizem que foi Egas Moniz, e que descansou à sombra …
Lenda do Cruzeiro da Sentinela APL 3149
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 266 Valtorno (VILA FLOR)Cruzeiro simples, está situado no cruzamento das estradas de Valtorno para Vilarinho da Castanheira, desta para Carrazeda de Ansiães e ainda para o Mourão.
É tradição na Alagoa …
Lenda do lobisomem APL 3101
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 201 Pombal (CARRAZEDA DE ANSIÃES)Diziam-me as minhas tias e a minha mãe que o meu bisavô, um homem daqui da aldeia [Pombal de Ansiães], muito conceituado e muito amigo dos seus vizinhos, …
[Lenda do Penedo das Letras] APL 3080
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 180 Linhares (CARRAZEDA DE ANSIÃES)Ha em o destricto d’esta aldeia [de Linhares] meia legoa d’ella 20 passos do rio Douro, por cima do Cachão da Rapa em hum grande rochedo de fragas despenhadas …
Lenda do Poço da Moura APL 3124
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 234 Assares (VILA FLOR)Na nossa aldeia [Assares] sempre se constou que os mouros estiveram acampados com os seus cavalos junto à ribeira onde há o lugar a que chamamos o Poço …
Lenda do Senhor dos Aflitos APL 3073
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 168 Carrazeda De Ansiães (CARRAZEDA DE ANSIÃES)Os antigos contavam que um senhor, que era negociante, vinha a cavalo, pois nesse tempo não havia carros como há hoje. E vinha então por esses caminhos velhos. Nisto, viu-se …
Milagre do Senhor da Cana Verde APL 3111
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 213 Selores (CARRAZEDA DE ANSIÃES)São muitos os milagres do Senhor da Cana Verde e as pessoas têm-lhe muita devoção. Numa ocasião, andava um senhor à caça, um senhor que ainda aqui tem netos. E …
[Nossa Senhora e a menina leprosa] APL 3163
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 282 Vilas Boas (VILA FLOR)Nossa Senhora apareceu a uma menina que encontrou sozinha à beira do cabeço. Como tinha lepra, tinha de fugir das pessoas. Então Nossa Senhora perguntou-lhe:
— Tu queres-te curar?
— …
Nossa Senhora e o Penedo Redondo APL 3126
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 236 Benlhevai (VILA FLOR)Dizia-se antigamente que Nossa Senhora quando ia a ser perseguida, ao passar por aquele lugar, escondeu-se ali no penedo redondo. E quando os inimigos já estavam perto, pra que a …
[Nosso Senhor e S. Pedro passaram por aqui] APL 3096
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 195 Parambos (CARRAZEDA DE ANSIÃES)Ouvia contar em pequenina, e todos os da minha geração ouviram também aos mais antigos, que um dia Nosso Senhor e São Pedro passaram por aqui e o macho que …
O bebé e a cobra APL 3085
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 186 Mogo De Malta (CARRAZEDA DE ANSIÃES)Um dia uma senhora que tinha um bebé de colo andava a ceifar o pão no lugar das Canadas, termo de Mogo de Malta, perto da Cabreira. …
[O cântaro cheio de novelos de ouro] APL 3148
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 265 Valtorno (VILA FLOR)Há mouras e tesouros encantados (...) na Fonte de Valtorno. Uma mulher foi lá buscar água na manhã de São João e trouxe, sem dar pela conta, o cântaro …
O carpinteiro e as feiticeiras APL 3175
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 294 Vilas Boas (VILA FLOR)Types: 3055,
Havia um homem que trabalhava de sol a sol na arte de carpinteiro. E para sustentar a família, tinha que se deslocar da sua aldeia, e ia por caminhos de …
O diabo às costas APL 3103
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 203 Pombal (CARRAZEDA DE ANSIÃES)O tio Nestor tinha uma quinta na Ribeira. Tinha lá um grande olival, tinha lá uns lagares grandes e uns tonéis grandes. E se lhe apetecesse de à noite …
[O diabo e as feiticeiras do Sívio] APL 3108
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 209 Seixo De Ansiães (CARRAZEDA DE ANSIÃES)Na freguesia de Seixo de Ansiães, no caminho daquela povoação que conduz ao Rio Douro, no sítio denominado Calçadas, existe na borda do caminho uma pedra rectangular, medindo …
O encanto da Calçada APL 3150
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 267 Freixiel (VILA FLOR)Diz o povo que, neste lugar, [Calçada, em Alagoa] existem três encantos: uma talha de riqueza, uma de fogo e outra de veneno. Quem encontrar a da riqueza terá …
O encanto do rego APL 3160
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 278 Vilarinho Das Azenhas (VILA FLOR)Situado a algumas dezenas de metros acima da Fonte Velha, fica o lugar do Rego. É voz corrente na povoação que ali estão enterradas duas talhas, uma cheia …
O ermo das bruxas APL 3113
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 219 Zedes (CARRAZEDA DE ANSIÃES)Há um sítio na aldeia de Zedes, do concelho de Carrazeda de Ansiães, que é conhecido por “ermo” e onde nenhuma erva nasce apesar de a terra ser …
O galo cantou treze vezes! APL 3079
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 177 CARRAZEDA DE ANSIÃES (BRAGANÇA)O Mirago [freguesia de Foz Tua] é um lugar muito mau. Havia uns homens que iam trabalhar para o Zimbro e tinham de ir por lá. O pai do António …
O jugo das bruxas APL 3159
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 277 VILA FLOR (BRAGANÇA)Em certas aldeias do concelho de Vila Flor, noutros tempos, quando uma mulher com fama de bruxa estava moribunda, era costume colocar-se sobre o corpo o jugo dos bois …
O lebisome e o Penedo Macho APL 3136
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 243-244 Carvalho De Egas (VILA FLOR)Durante o dia não aparecia. Só de noute. Puseram-lhe então aquele nome: Lebisome. Mas podia ser ou podia não ser.
Ora numa ocasião, constou-se que na fraga do penedo macho …
O lobisomem da Azenha das Amoreiras APL 3173
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 292 Vilas Boas (VILA FLOR)Havia no lugar da Longra [Ribeirinha, freguesia de Vilas Boas] uma azenha, onde se ia moer o pão. Chama-se a “Azenha das Amoreiras”, por ter lá muitas amoreiras …
O lobisomem de Vilas Boas APL 3168
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 287 Vilas Boas (VILA FLOR)Havia um homem que tinha esse fado em Vilas Boas. Nesses dias, ele desaparecia, pois tinha de correr as sete freguesias. E foi a própria mulher quem lhe tirou …
O lobisomem e o caseiro APL 3076
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 174 CARRAZEDA DE ANSIÃES (BRAGANÇA)Na altura das segadas, vinham para aqui trabalhar homens de todos os lados de Bragança. Chamavam-lhes os serranos. Um deles ficou de caseiro numa quinta.
Certo dia, quando estava …
O lobisomem e o saiote APL 3077
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 175 CARRAZEDA DE ANSIÃES (BRAGANÇA)Types: 4005,
Havia também um homem que tinha o costume de sair à noite. Um dia, a mulher deu-se ao cuidado e foi procurá-lo de noite. Nisto, passa uma cabra por ela. …
O lobisomem e o tropel na calçada APL 3102
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 202 Pombal (CARRAZEDA DE ANSIÃES)Ouve-se contar há muito tempo também que ali no Terreiro, ia um a passar na rua a altas horas da noite e, estando lá uma casa com a luz …
O lobisomem na Estrada da Mala APL 3169
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, , Fundação Museu do Douro, 2010, 288 Vilas Boas (VILA FLOR)Uma vez um homem daqui ia, ele mais o filho, com um carro de bois onde levavam uma pipa de vinho tratado. Iam ainda de noite com ela para o …