VASCONCELLOS, J. Leite de, Contos Populares e Lendas II, , por ordem da universidade, 1966
[A águia e a truta] APL 2238
VASCONCELLOS, J. Leite de, Contos Populares e Lendas II, , por ordem da universidade, 1966, 660 Trute (MONÇÃO)Uma rainha de Aragão foi sentenciada à morte pelo rei seu marido, em virtude de uma intriga de criados. Sabedora da sorte que a esperava, disfarçou-se e fugiu. Foi-lhe no …
[A Águia e a Truta] 2 APL 2240
VASCONCELLOS, J. Leite de, Contos Populares e Lendas II, , por ordem da universidade, 1966, 660-661 Abedim (MONÇÃO)Abedim (Santa Maria — Monção) — Há uma pequena ermida em uma monstruosa penha de penedia, que para se ir a ela é muito laborioso, de invocação de São Martinho …
A Bouça do Hortal APL 2267
VASCONCELLOS, J. Leite de, Contos Populares e Lendas II, , por ordem da universidade, 1966, 752-754 Eiriz (PAÇOS DE FERREIRA)Viveu em tempos idos, na freguesia de Eiriz, um lavrador abastado que, além de ter uma vaca leiteira muito boa e bonita, era o dono da bouça do Hortal. …
[A Cisterna da Torre de Dona Chama] APL 2272
VASCONCELLOS, J. Leite de, Contos Populares e Lendas II, , por ordem da universidade, 1966, 762-763 Torre De Dona Chama (MIRANDELA)No castelo da Torre de Dona Chama (Trás-os-Montes) há uma cisterna com uma moura encantada em mulher da cinta para cima e serpente da cinta para baixo. Uma vez passou …
A Cobra do Sabugueiro APL 2262
VASCONCELLOS, J. Leite de, Contos Populares e Lendas II, , por ordem da universidade, 1966, 750 Sabugueiro (SEIA)No Sabugueiro, margens do Rio Alva (faldas da Estrela), um rapaz viu sobre um penedo uns figos secos. Ia a lançar-lhes a mão, quando ouviu uma voz gritar-lhe: Schit, …
A Cruz de João de Amores APL 2247
VASCONCELLOS, J. Leite de, Contos Populares e Lendas II, , por ordem da universidade, 1966, 696 SABUGAL (GUARDA)Entre Souto e Vila Boa, concelho do Sabugal, na estrada, há um cruzeiro, chamado Cruz de João de Amores.
Por cruzeiro entende-se uma pedra de forma de estrela, em …
[A edificação do Convento de Amarante] APL 2235
VASCONCELLOS, J. Leite de, Contos Populares e Lendas II, , por ordem da universidade, 1966, 645 AMARANTE (PORTO)São Gonçalo subiu a um monte do lado de Felgueiras para escolher local para o convento de Amarante. Atirou com o bordão: onde caiu não achou bom sítio; depois …
A Fundação do Convento do Lugar de S. Bento APL 2241
VASCONCELLOS, J. Leite de, Contos Populares e Lendas II, , por ordem da universidade, 1966, 668 ARCOS DE VALDEVEZ (VIANA DO CASTELO)O dono de uma quinta, chamada S. José, recebeu um dia dois frades que lhe foram pedir esmola. Condoeu-se deles e ofereceu-lhes agasalho na quinta. No dia seguinte, muito comovido …
A Igreja de São Bartolomeu APL 2242
VASCONCELLOS, J. Leite de, Contos Populares e Lendas II, , por ordem da universidade, 1966, 668-669 São Bartolomeu De Messines (SILVES)Dois lugares, Cortes e Messines, disputavam acerca do sítio onde havia de ser o centro da paróquia, isto é, a igreja, e resolveram que fosse onde cavaleiros, partindo a …
A Lapa do Diabo APL 2260
VASCONCELLOS, J. Leite de, Contos Populares e Lendas II, , por ordem da universidade, 1966, 748 Valadares (MONÇÃO)A moira aparece pelos S. Juões, de 7 em 7 anos. Da cinta p’a riba é géinte e pra báixo é bicho (serpéinte segundo uns, ou cabra segundo outros). Uma …
A Lavadeira da Alverca APL 2221
VASCONCELLOS, J. Leite de, Contos Populares e Lendas II, , por ordem da universidade, 1966, 603 Alverca Do Ribatejo (VILA FRANCA DE XIRA)Em quinta-feira da Ascensão, uma lavadeira, desprezando o preceito rigoroso da tradição, foi lavar a sua roupa à Ribeira da Alverca, nos subúrbios da vila. Quando os sinos da …
[A lenda do cadeado] APL 2251
VASCONCELLOS, J. Leite de, Contos Populares e Lendas II, , por ordem da universidade, 1966, 736 PENICHE (LEIRIA)Um moiro trazia preso da Moirama, por mar, um português, para as terras que os Moiros tinham aqui à beira-mar, lá para as bandas de Peniche. O português vinha …
A Mina de Valbom APL 2275
VASCONCELLOS, J. Leite de, Contos Populares e Lendas II, , por ordem da universidade, 1966, 765 Santiago De Piães (CINFÃES)No lugar de Valbom, onde habito, dizem também haver uma mina, cheia de peste e de dinheiro. Ninguém lá vai por temer a peste, que está dentro duns odres, …
A Moira da Rapa APL 2264
VASCONCELLOS, J. Leite de, Contos Populares e Lendas II, , por ordem da universidade, 1966, 751 Rapa (CELORICO DA BEIRA)Na Rapa, um homem sonhou que uma moura estava encantada no sítio do Alambique.
Foi lá, e a moura pôs-lhe muita coisa, e entre isso um galo de ouro. …
[A Moira de Guifões] APL 2282
VASCONCELLOS, J. Leite de, Contos Populares e Lendas II, , por ordem da universidade, 1966, 784 Guifões (MATOSINHOS)Uma vez andava uma rapariga a guardar uma vaca, e a vaca fugia-lhe todos os dias; a rapariga foi atrás dela e chegou a uma mina, onde ouviu uma voz …
A Moira de Mantil APL 2259
VASCONCELLOS, J. Leite de, Contos Populares e Lendas II, , por ordem da universidade, 1966, 747 LOURES (LISBOA)Uma vez uma rapariga andava a gòrdar um bando de cabras ao pé do Penedo do Gato. Abriu-se ali um penedo (outro) e apareceu-lhe uma moira que lhe disse que …
A Moira de Paços de Ferreira APL 2273
VASCONCELLOS, J. Leite de, Contos Populares e Lendas II, , por ordem da universidade, 1966, 764 Paços De Ferreira (PAÇOS DE FERREIRA)Há ali uma mina, em certo sítio, onde dizem estar uma moura encantada, e quando querem mostrar a alguém a verdade vão à porta da mina e bradam: Olá! O …
A Moira Parturiente da Safara de Tolosa APL 2255
VASCONCELLOS, J. Leite de, Contos Populares e Lendas II, , por ordem da universidade, 1966, 744 Tolosa (NISA)Types: 5070,
Uma vez uma moura estava para parir, e o mouro chamou uma parteira. Esta foi e, depois de acabar o serviço, o moiro deu-lhe em paga uma arregaçada (abada) de …
A Moira Parturiente de Nisa APL 2256
VASCONCELLOS, J. Leite de, Contos Populares e Lendas II, , por ordem da universidade, 1966, 744-745 NISA (PORTALEGRE)Types: 5070,
Havia uma mulher em Nisa que era parteira, e foi-lhe bater à porta, fora de horas, um homem. Ela levantou-se e veio à rua, onde estava o mesmo indivíduo à …
[A Moura de Penafiel] APL 2286
VASCONCELLOS, J. Leite de, Contos Populares e Lendas II, , por ordem da universidade, 1966, 792 Penafiel (PENAFIEL)Em Penafiel está uma moura encantada numa poça; indo uma vez um homem abrir a água, a moura, que nessa ocasião lavava meadas de oiro, pediu-lhe que a não abrisse, …
[A Moura de Torrozelo] APL 2290
VASCONCELLOS, J. Leite de, Contos Populares e Lendas II, , por ordem da universidade, 1966, 795-796 Torrozelo (SEIA)Na Fonte dos Moiros — sempre o ouvimos desde pequerruchos — vive uma moirinha jovem e formosa, com umas grandes arrecadas de ouro em forma de pirâmide a penderem-lhe das …
[A Moura Encantada do Souto da Velha] APL 2289
VASCONCELLOS, J. Leite de, Contos Populares e Lendas II, , por ordem da universidade, 1966, 795 Penedono (PENEDONO)Um homem foi beber água a uma fonte, aonde lhe veio ter um fio de ouro à boca; o homem foi-o dobando no braço, e, como era muito comprido e …
A Mulher Morta APL 2222
VASCONCELLOS, J. Leite de, Contos Populares e Lendas II, , por ordem da universidade, 1966, 604 Mexilhoeira Grande (PORTIMÃO)Uma lavadeira trabalhava na quinta-feira do Corpo de Deus e foi punida de morte, tendo sido o seu cadáver encontrado na Ribeira da Mulher Morta (Mexilhoeira Grande). Ainda …
Animais com Luzes nos Galhos APL 2228
VASCONCELLOS, J. Leite de, Contos Populares e Lendas II, , por ordem da universidade, 1966, 624 CINFÃES (VISEU)Está junto dum regato, por nome Conchada, que lhe banha as fraldas, um monte rodeado por um socalco no cume. Dizem que ali houvera um castelo dos Mouros. O cume …
A Oliveira Benta APL 2102
VASCONCELLOS, J. Leite de, Contos Populares e Lendas II, , por ordem da universidade, 1966, 349 Mexilhoeira Grande (PORTIMÃO)A oliveira é benta, porque, quando foram dizer a Nossa Senhora que Nosso Senhor estava crucificado na cruz, ela estava sem comer havia 48 horas; foi a correr para o …
A Parteira das Moiras APL 2257
VASCONCELLOS, J. Leite de, Contos Populares e Lendas II, , por ordem da universidade, 1966, 746 MAÇÃO (SANTARÉM)Types: 5070,
A bisavó do meu pai assistia aos nascimentos dos filhos das mouras.
Depois de assistir a um parto, o mouro que a tinha ido chamar deu-lhe lenha para ela se …
A Ponte de Vila Formosa APL 2283
VASCONCELLOS, J. Leite de, Contos Populares e Lendas II, , por ordem da universidade, 1966, 789 Alter Do Chão (ALTER DO CHÃO)A ponte de Vila Formosa foi feita pelos Mouros numa só noite. Quando andavam a trabalhar cantou um galo. O que governava perguntou:
— Que galo canta?
— O galo …
A Portela dos Meninos APL 1897
VASCONCELLOS, J. Leite de, Contos Populares e Lendas II, , por ordem da universidade, 1966, 462-464 Mexilhoeira Grande (PORTIMÃO)Uma mulher estava grávida e deitada, e ouviu a criança chorar. E ela disse para o marido: «Ai, José, tu não ouviste o que eu ouvi!» E diz ele: «Já …
[A Serpente] APL 2281
VASCONCELLOS, J. Leite de, Contos Populares e Lendas II, , por ordem da universidade, 1966, 783 Glória (ESTREMOZ)O cabreiro na serra ouviu uma voz bradando:
— Que quer?
— Quero que me vá desencantar na noite de S. João, à meia-noite.
Ele lhe perguntou se podia levar …
As Moiras de Penajóia APL 2265
VASCONCELLOS, J. Leite de, Contos Populares e Lendas II, , por ordem da universidade, 1966, 751 Penajóia (LAMEGO)No castelo das moiras, f. de Penajóia, c. de Lamego, há moiras encantadas. Dantes viam-se vir umas mulheres com motênos à cabeça [sacos pequenos cheios], que era pão …