GUARDA 30 /53
Basília APL 696
CHAVES, Luis, Lendas de Portugal: Contos de Mouras Encantadas, Lisbon, Livraria Universal, 1924, 220-229 GUARDA (GUARDA)A Beira Alta é como um degrau aonde se sobe para olhar por Portugal abaixo. Imagine-se um altar feito de montes, altar immenso, a que a neve estende a toalha …
A madrinha dos Açores APL 1209
FURTADO-BRUM, Ângela, Açores: Lendas e outras histórias, Ponta Delgada, Ribeiro & Caravana editores, 1999, 17-18 Açores (CELORICO DA BEIRA)Há muitos anos atrás, um falcoeiro lançou um açor sem ordem do rei e, como a ave se perdesse, o rei mandou que lhe cortassem a mão. O pobre falcoeiro, …
N. Srª do Monte, em Mangualde APL 1456
AGOSTINHO DE SANTA MARIA, Fr., Santuário Mariano, Alcalá, Imperitura, 2007 [1711], tomo IV, parte II, Ch. LV Mangualde Da Serra (GOUVEIA)Uma imagem da Virgem é encontrada num monte por segadores, “entre 3 carvalhos” e levada para a igreja. Contudo, a mesma regressa sempre ao monte, “levada pelos Anjos”, pelo que …
Aguiar da Beira APL 1478
PINHO LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de, Portugal Antigo e Moderno, Lisbon, Livraria Editora Tavares Cardoso & Irmão, 2006 [1873], tomo I, p. 38-39 Aguiar Da Beira (AGUIAR DA BEIRA)Ao pé da capella de Nossa Senhora do Castello estão as ruinas de um castello romano, de cantaria. Tambem perto d’esta capella existiu a egreja de S. Pedro (ainda existem …
Cea APL 1523
PINHO LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de, Portugal Antigo e Moderno, Lisbon, Livraria Editora Tavares Cardoso & Irmão, 2006 [1873], tomo II, p. 222 Seia (SEIA)Aqui nasceu Santa Antonina, virgem e martyr. Os romanos, depois de a fazerem soffrer os mais atrozes tormentos, a lançaram na Lagoa Escura, da serra da Estrella, …
Celorico da Beira APL 1525
PINHO LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de, Portugal Antigo e Moderno, Lisbon, Livraria Editora Tavares Cardoso & Irmão, 2006 [1873], tomo II, p. 234 CELORICO DA BEIRA (GUARDA)Em 1245, era alcaide-mór de Celorico, D. Fernando Rodrigues Pacheco, por D. Sancho II. Sendo este rei deposto, e nomeado governador do reino seu irmão, o conde …
Eirado APL 1539
PINHO LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de, Portugal Antigo e Moderno, Lisbon, Livraria Editora Tavares Cardoso & Irmão, 2006 [1873], tomo III, p. 8 Eirado (AGUIAR DA BEIRA)Segundo escreve José Diogo da Cunha, abbade de Carapito, sonhou um lavrador e sua mulher do logar de Aldeia Velha, freguezia d’Açores, que no logar do Ancinho, …
Lenda acerca da origem dos três aglomerados urbanos de Valdujo APL 1559
Valdujo (TRANCOSO)Conta a lenda que três irmãos, viviam numa propriedade rural, nos cabeços altos do Vale, e um dia desceram para construírem uma «Quintã», ou seja uma quinta. Eram muito amigos …
Figos secos APL 1614
SARMENTO, Francisco Martins, Antígua, Tradições e Contos Populares, Guimaraes, Sociedade Martins Sarmento, 1998, 84 Sabugueiro (SEIA)Foi também no Sabugueiro que um pastor, acompanhando as ovelhas, viu arrumados num fragão uns figos secos. Ia a deitar-lhes a mão, quando ouviu uma voz dizer-lhe:
“Schit! Schit! larga …
“Histórias de encanto” APL 1755
AA. VV., -, Inquérito Boléu (recolhas inéditas), Coimbra, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, , “Histórias de encantos e de Bruxas”, pp 139-140. Vale De Espinho (SABUGAL)“Duma bê binham duas pessoas a passari e formou-se um quemérsio (uma tenda). Elas tchegaram-se lá ao pé do quemérsio onde habia incanto, que era uma moira que staba lá …
“Conto das Bruxas” APL 1756
AA. VV., -, Inquérito Boléu (recolhas inéditas), Coimbra, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, , “Histórias de encantos e de Bruxas”, p. 139-140 Vale De Espinho (SABUGAL)“eram duma bêz seti quemadris e duma bêz djuntaram-se todez im caza da quemadri que staba casada e tinha o homi; depoiz dejiam todez:
“ó que madri, djá se deitou …
“O lobisomem” APL 1763
CARVALHO, Maria Filomena de Andrade Saraiva de , Linguagem e Folclore do Concelho da Mêda , n/a, n/a, , 123-127 Barreira (MÊDA)Types: 4005,
“O homem disse para a mulher:
- Não vás à fonte!
Queria amassar, queria cozer o pão... Ao depois disse-lhe:
- Não vás à fonte!
- Ora, porque é que …
[Loba-Mulher] APL 1889
VASCONCELLOS, J. Leite de, Contos Populares e Lendas I, Coimbra, por ordem da universidade, 1963, 452-454 GUARDA (GUARDA)Era uma vez um homem ainda novo, que trabalhava numa quinta. Havia dois ou três homens no mesmo sítio, mas nenhuma mulher, a não ser a mulher do lavrador. Ora …
Senhora da Lapa APL 2203
VASCONCELLOS, J. Leite de, Contos Populares e Lendas II, Coimbra, por ordem da universidade, 1966, 505 GUARDA (GUARDA)Na Beira Alta existe uma santa, chamada a Senhora da Lapa, a qual é muito visitada por doentes, por ter muita fama em milagres de curar.
Está colocada num …
A Cruz de João de Amores APL 2247
VASCONCELLOS, J. Leite de, Contos Populares e Lendas II, Coimbra, por ordem da universidade, 1966, 696 SABUGAL (GUARDA)Entre Souto e Vila Boa, concelho do Sabugal, na estrada, há um cruzeiro, chamado Cruz de João de Amores.
Por cruzeiro entende-se uma pedra de forma de estrela, em …
A Cobra do Sabugueiro APL 2262
VASCONCELLOS, J. Leite de, Contos Populares e Lendas II, Coimbra, por ordem da universidade, 1966, 750 Sabugueiro (SEIA)No Sabugueiro, margens do Rio Alva (faldas da Estrela), um rapaz viu sobre um penedo uns figos secos. Ia a lançar-lhes a mão, quando ouviu uma voz gritar-lhe: Schit, …
A Moira da Rapa APL 2264
VASCONCELLOS, J. Leite de, Contos Populares e Lendas II, Coimbra, por ordem da universidade, 1966, 751 Rapa (CELORICO DA BEIRA)Na Rapa, um homem sonhou que uma moura estava encantada no sítio do Alambique.
Foi lá, e a moura pôs-lhe muita coisa, e entre isso um galo de ouro. …
O Penedo de Frias APL 2276
VASCONCELLOS, J. Leite de, Contos Populares e Lendas II, Coimbra, por ordem da universidade, 1966, 765-766 Algodres (FORNOS DE ALGODRES)Há na ex-vila de Algodres um penedo a que dão o nome de Penedo de Frias. Dizem que ele tem vastas salas e numa vive uma moura encantada, que passa …
Fátima-Lenda de S. João na Beira-Baixa APL 2280
VASCONCELLOS, J. Leite de, Contos Populares e Lendas II, Coimbra, por ordem da universidade, 1966, 776-778 MANTEIGAS (GUARDA)O montante cristão não dava repouso à cimitarra muçulmana. Mais fortes os Nazarenos, ou mais felizes, levaram de roldão os sequazes de Mafoma. Repelidos de combate em combate, perseguidos sem …
[A Moura de Torrozelo] APL 2290
VASCONCELLOS, J. Leite de, Contos Populares e Lendas II, Coimbra, por ordem da universidade, 1966, 795-796 Torrozelo (SEIA)Na Fonte dos Moiros — sempre o ouvimos desde pequerruchos — vive uma moirinha jovem e formosa, com umas grandes arrecadas de ouro em forma de pirâmide a penderem-lhe das …
A Origem do Nome da Serra da Estrela APL 2524
AA. VV., -, Arquivo do CEAO (Recolhas Inéditas), Faro, n/a, , Guarda (Sé) (GUARDA)Dizem que numa aldeia havia um pastor que vivia sozinho. A sua única companhia era um cão. E ele tinha como desejo viajar para lá das montanhas e então uma …
Truta de Celorico APL 2541
AA. VV., -, Arquivo do CEAO (Recolhas Inéditas), Faro, n/a, , CELORICO DA BEIRA (GUARDA)Sei, sei algumas mais. Como por exemplo, agora que eu estou a viver em Celorico da Beira, foi o castelo de Celorico, foi todo arranjado e no outro dia …
Estrella (Serra da) APL 2691
PINHO LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de, Portugal Antigo e Moderno, Lisbon, Livraria Editora Tavares Cardoso & Irmão, 2006 [1873], Tomo III, p. 79 GUARDA (GUARDA)Diz fr. Bernardo de Brito, que em 1145 mandou D. Affonso I a Egas Moniz expulsar os mouros que faziam correrias na Estrella. Cumprida a ordem ficou por alli …
Lenda de Folgosinho de Ar APL 2717
MARQUES, Gentil, Lendas de Portugal, Lisbon, Círculo de Leitores, 1997 [1962], Volume I, pp. 223-228 Folgosinho (GOUVEIA)Não sei se conhece Folgosinho, bom amigo leitor… se sabe onde fica Folgosinho... Há quem lhe chame Folgosinho da Serra, pela sua situação privilegiada, no alto dos Montes Hermínios... …
Lenda de uma Noite de Luar APL 2774
MARQUES, Gentil, Lendas de Portugal, Lisbon, Círculo de Leitores, 1997 [1962], Volume II, pp. 79-85 Linhares (CELORICO DA BEIRA)Noite de luar, sim! Noite bonita. Noite romântica. Noite de luz prateada, finíssima, feérica.
Mas as noites de luar não pertencem apenas às lendas: fazem parte também da realidade.
Esta …
Lenda do Bom Sucesso APL 2790
MARQUES, Gentil, Lendas de Portugal, Lisbon, Círculo de Leitores, 1997 [1962], Volume II, pp. 253-258 Baraçal (CELORICO DA BEIRA)Embora alguns leitores possam pensar que se trata do Bom Sucesso, vizinho de Lisboa — dir-lhes-ei desde já que o cenário desta evocação lendária fica bem distante da capital portuguesa …
Lenda da Guarda APL 2791
MARQUES, Gentil, Lendas de Portugal, Lisbon, Círculo de Leitores, 1997 [1962], Volume II, pp. 265-271 GUARDA (GUARDA)Os cavalos batiam impacientes a terra molhada. Tinha chovido inesperada e copiosamente. No alto da serra, os albornozes dos sarracenos formavam uma mancha branca e movediça nesse raiar de dia. …
Lenda da Lagoa Escura APL 2826
MARQUES, Gentil, Lendas de Portugal, Lisbon, Círculo de Leitores, 1997 [1962], Volume III, pp. 135-140 SEIA (GUARDA)Quando em 1881 chegou à serra da Estrela a expedição científica incumbida de fazer a sondagem da lagoa Escura para lhe determinar a profundidade, enorme alvoroço se apossou dos pastores …
Lenda da Conversão dos Mouros de Trancoso APL 2829
MARQUES, Gentil, Lendas de Portugal, Lisbon, Círculo de Leitores, 1997 [1962], Volume III, pp. 161-164 TRANCOSO (GUARDA)Há lendas tão ligadas à nossa História, que dificilmente conseguimos saber onde acaba essa mesma História e começa a Lenda. É o caso, por exemplo, da lenda da conversão dos …
Lenda da Moura de Alfátema APL 2841
MARQUES, Gentil, Lendas de Portugal, Lisbon, Círculo de Leitores, 1997 [1962], Volume III, pp. 271-276 MANTEIGAS (GUARDA)Quanto da noite estendera-se sobre a serra. Suavemente. Lentamente. Agora havia apenas uma moldura de céu. Mas o jovem Ataúlfo não se importava. Combinara encontrar-se com a bela princesa Fátima …