VILA FLOR 30 /74
A patada do lobisomem APL 3153
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, Peso da Régua, Fundação Museu do Douro, 2010, 272 Vila Flor (VILA FLOR)Na minha porta ainda tenho uma marca da patada de um [lobisomem]. Passava ali transformado num cavalo. Há muito tempo que essa marca está coberta com uma chapa.
Contava-se que …
A cobra que pedia um beijo APL 3154
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, Peso da Régua, Fundação Museu do Douro, 2010, 273 Vila Flor (VILA FLOR)À saída de Vila Flor, quem vai para o cemitério, e onde há um sobreiro, havia uma mina onde, à meia-noite, costumava aparecer uma cobra que falava e que …
Lenda da Fonte d’El Rei APL 3155
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, Peso da Régua, Fundação Museu do Douro, 2010, 274 Vila Flor (VILA FLOR)Uma senhora de Vila Flor, conhecida por Maria Pequena, foi um dia ao monte apanhar lenha e, ao passar na Fonte d’El Rei, viu uma menina, de …
O molho da lenha e as correntes de ouro APL 3156
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, Peso da Régua, Fundação Museu do Douro, 2010, 274 Vila Flor (VILA FLOR)Isto deu se num lugar entre a Quinta da Pereira e a de S. Domingos, à saída da vila [Vila Flor]. Deu-se com a Maria Pequena, …
Lenda da Fonte das Bestas APL 3157
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, Peso da Régua, Fundação Museu do Douro, 2010, 275 Vila Flor (VILA FLOR)Em Vila Flor é voz corrente que, escutando bem na bica da fonte de S. Sebastião, chamada Fonte das Bestas, se ouvem, por horas mortas, os lamentos duma moura, …
A fonte dos mortos APL 3158
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, Peso da Régua, Fundação Museu do Douro, 2010, 276 Vilarinho Das Azenhas (VILA FLOR)Conta-se que no lugar hoje denominado de “igreja velha”, em Vilarinho das Azenhas, existiu noutros tempos uma igreja que servia o povo para as suas lides religiosas, e por …
O jugo das bruxas APL 3159
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, Peso da Régua, Fundação Museu do Douro, 2010, 277 VILA FLOR (BRAGANÇA)Em certas aldeias do concelho de Vila Flor, noutros tempos, quando uma mulher com fama de bruxa estava moribunda, era costume colocar-se sobre o corpo o jugo dos bois …
O encanto do rego APL 3160
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, Peso da Régua, Fundação Museu do Douro, 2010, 278 Vilarinho Das Azenhas (VILA FLOR)Situado a algumas dezenas de metros acima da Fonte Velha, fica o lugar do Rego. É voz corrente na povoação que ali estão enterradas duas talhas, uma cheia …
Fraga da Moura de Vilarinho das Azenhas APL 3161
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, Peso da Régua, Fundação Museu do Douro, 2010, 279 Vilarinho Das Azenhas (VILA FLOR)Numa fraga situada a poucos metros do rio Tua e da estrada que liga Vilarinho das Azenhas ao Cachão, a que o povo chama “Fraga da Moura”, dizem que …
[O menino e o ferro Bacelar] APL 3162
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, Peso da Régua, Fundação Museu do Douro, 2010, 281 Vilas Boas (VILA FLOR)Conta-se que Nossa Senhora apareceu no Alto de São Cristóvão a um menino que andava com o gado. Queria que lhe construíssem uma capela. Então mandou-lhe pegar num ferro bacelar, …
[Nossa Senhora e a menina leprosa] APL 3163
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, Peso da Régua, Fundação Museu do Douro, 2010, 282 Vilas Boas (VILA FLOR)Nossa Senhora apareceu a uma menina que encontrou sozinha à beira do cabeço. Como tinha lepra, tinha de fugir das pessoas. Então Nossa Senhora perguntou-lhe:
— Tu queres-te curar?
— …
[A moura feita em horrendo bicho] APL 3164
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, Peso da Régua, Fundação Museu do Douro, 2010, 284 Vilas Boas (VILA FLOR)Há mouras e tesouros encantados (...) na fonte do Lameiro de Cima, termo de Vilas Boas [concelho de Vila Flor]. Em 1925 foram lá uns homens cavar para desenterrar …
A menina tecedeira APL 3165
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, Peso da Régua, Fundação Museu do Douro, 2010, 284 Vilas Boas (VILA FLOR)No lugar da fonte do Lameiro de Cima, onde agora há muitas casas, mas dantes não havia, e só lá estava a fonte, dizia-se que aparecia uma menina, e …
O padre e os figos da Fonte do Lameiro (versão B) APL 3166
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, Peso da Régua, Fundação Museu do Douro, 2010, 285 Vilas Boas (VILA FLOR)O antigo pároco de Vilas Boas, para além desta tinha outras aldeias daquela zona como era o caso de Meireles e Ribeirinha. Um certo dia, depois de sair …
A menina encantada APL 3167
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, Peso da Régua, Fundação Museu do Douro, 2010, 286 Vilas Boas (VILA FLOR)Era na noite de S. João. Nessa altura não tinham relógio na torre, não tinham nada e nunca sabiam as horas. Passou-se com uma tia-avó minha, quando era pequenina, isto …
O lobisomem de Vilas Boas APL 3168
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, Peso da Régua, Fundação Museu do Douro, 2010, 287 Vilas Boas (VILA FLOR)Havia um homem que tinha esse fado em Vilas Boas. Nesses dias, ele desaparecia, pois tinha de correr as sete freguesias. E foi a própria mulher quem lhe tirou …
O lobisomem na Estrada da Mala APL 3169
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, Peso da Régua, Fundação Museu do Douro, 2010, 288 Vilas Boas (VILA FLOR)Uma vez um homem daqui ia, ele mais o filho, com um carro de bois onde levavam uma pipa de vinho tratado. Iam ainda de noite com ela para o …
A menina nua na procissão APL 3170
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, Peso da Régua, Fundação Museu do Douro, 2010, 289 Vilas Boas (VILA FLOR)Falava-se muito antigamente numas procissões nocturnas ao redor da nossa igreja. Eram as almas dos nossos defuntos que andavam lá. Dizia-se que saíam à 2ª feira pela meia-noite. Era também …
A perseguição dos pintainhos APL 3171
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, Peso da Régua, Fundação Museu do Douro, 2010, 290 Vilas Boas (VILA FLOR)Ouvia dizer ao meu sogro que numa ocasião, aí pelas três da manhã, vinha ele na direcção de casa, que era no fundo do povo [em Vilas Boas], e …
Lenda da Pala da Feiticeira APL 3172
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, Peso da Régua, Fundação Museu do Douro, 2010, 291 Vilas Boas (VILA FLOR)A Pala da Feiticeira, em Vilas Boas, é assim chamada porque se constava que, antigamente, era lá que se juntavam as feiticeiras destas redondezas. Iam para lá fazer …
O lobisomem da Azenha das Amoreiras APL 3173
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, Peso da Régua, Fundação Museu do Douro, 2010, 292 Vilas Boas (VILA FLOR)Havia no lugar da Longra [Ribeirinha, freguesia de Vilas Boas] uma azenha, onde se ia moer o pão. Chama-se a “Azenha das Amoreiras”, por ter lá muitas amoreiras …
Lenda da origem de Ribeirinha APL 3174
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, Peso da Régua, Fundação Museu do Douro, 2010, 293 Vilas Boas (VILA FLOR)Havia uma aldeia muito antiga de nome Serzeda, onde viviam pessoas que aí formaram casas de pedra e palha. Mas nasciam as crianças e logo apareciam comidas e mordidas. …
O carpinteiro e as feiticeiras APL 3175
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, Peso da Régua, Fundação Museu do Douro, 2010, 294 Vilas Boas (VILA FLOR)Types: 3055,
Havia um homem que trabalhava de sol a sol na arte de carpinteiro. E para sustentar a família, tinha que se deslocar da sua aldeia, e ia por caminhos de …
Lenda das Fragas das Pombas APL 3176
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, Peso da Régua, Fundação Museu do Douro, 2010, 295 Vilas Boas (VILA FLOR)Entre a estação da Ribeirinha e a de Abreiro, há uma parte com muitas fragas aonde lhe chamam as “Fragas das Pombas” e lá se encontra um …
Os cordeiros no cereal APL 3177
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, Peso da Régua, Fundação Museu do Douro, 2010, 296 Vilas Boas (VILA FLOR)Contava a minha mãe que, quando ela era muito pequena e sendo criada com a mãe e o padrasto, eles tinham um rebanho de gado. Contava ela então cinco anos, …
A enxada que vertia sangue APL 3178
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, Peso da Régua, Fundação Museu do Douro, 2010, 297 Vilas Boas (VILA FLOR)Contava a minha mãe que havia um homem em Samões [aldeia próxima de Ribeirinha] que não acreditava que havia Deus. Então, para dar o exemplo ao filho, na Sexta-Feira Santa …
A roupa raiada de sangue APL 3179
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, Peso da Régua, Fundação Museu do Douro, 2010, 298 Vilas Boas (VILA FLOR)Também aconteceu numa Sexta-Feira santa um outro caso, num lugar aqui perto a que chamam o Lameiro do Prado [aldeia da Ribeirinha].
Dantes as pessoas, depois de lavarem as …
O segredo das feiticeiras APL 3180
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, Peso da Régua, Fundação Museu do Douro, 2010, 299 Vilas Boas (VILA FLOR)Passou-se com um tio-avô meu, em Meireles, e contavam-no a minha avó e a minha mãe. Ele estava numa varanda a dormir a fresca, pois era Verão, e diz …
A ronda das feiticeiras APL 3181
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, Peso da Régua, Fundação Museu do Douro, 2010, 300 Vilas Boas (VILA FLOR)O meu tio-avô tocava muito bem bandolim. Uma noite, a certa altura da madrugada, foram lá chamá-lo, à casa onde ele morava, em Meireles.
— Ó António Fraga, …
Val do Torno APL 3456
PINHO LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de, Portugal Antigo e Moderno, Lisbon, Livraria Editora Tavares Cardoso & Irmão, 2006 [1873], Tomo X, p. 91 Vila Flor (VILA FLOR)A freguezia é atravessada por trez ribeiros, cujas aguas servem para regar e fertilizar as terras, e de motor a varios moinhos de pão. Depois de reunidos, desaguam na ribeira …