PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro - Narrações Orais (contos, lendas, mitos) Vol. 1, Peso da Régua, Fundação Museu do Douro, 2007

Na aldeia [de Sendim] morava um rapaz camponês, forte e destemido, que namorava uma moça no lugar de Vale de Penela, a qual visitava todos os domingos, regressando …

A igreja de Sabroso, em local ermo, toda ela em granito que o tempo e a erosão vão roendo (...), diz a tradição que foi feita pelos mouros. É …

Noutros tempos, quando de noite se ouvia o tropejar de cavalos a altas horas da noite, dizia-se que eram os lobisomens que saíam a correr as encruzilhadas. Como estas ruas …

Há além um monte bastante grande, chamam-lhe os Reboleiros. E sempre ouvi dizer que eles, os mouros, moravam lá. Ainda lá vi restinhos de paredinha, restinhos de cardenhos baixinhos. …

Ali para baixo, antes da Ponte do Fumo, era onde, há muitos séculos atrás, ia tomar banho um povo muito religioso a que chamavam os maias. Na margem esquerda …

A propósito de lobisomens, havia antigamente um homem que morava onde hoje é a rua dos Quintais, aqui em Tabuaço, e que era um grande trabalhador. Mas de noite, …

Segundo a tradição popular, situava-se neste local [no lugar de Guedieiros] uma antiga igreja destruída em tempos imemoriais. Desta igreja apenas terá restado o sino que seria todo feito …

Sempre ouvi contar que à volta da igreja de Tabuaço em certas noites saía uma procissão com luzes estranhas. Mas nem toda a gente a via. Só algumas pessoas tinham …

Santo Antão, antes de ser santo era pastor e casou-se. Só que, como já estava destinado a ser santo, Deus deu-lhe o poder de nunca pecar com a mulher. …

Havia um senhor aqui desta zona [nos limites de Barcos] que tinha muitos filhos e, um dia, encontrou um cigano que trazia, com licença, muitos burros com ele. E …

Conta-se que S. Domingos andava com uma cabrada quando já era de noite, nos montes que ficam à volta de Castanheiro do Sul e da Desejosa. E que um homem …

Ali à volta da igreja aconteciam coisas estranhas, sim senhor. Nem toda a gente as via, mas ouvir, ouvia-se.
 Numa ocasião, íamos eu e a Albertina do Constantino, ainda com …

O S. Mamede, quando era pequenino, apareceu, ninguém sabe como, no meio das fragas lá naquele cabeço. E foi alimentado pelas feras. Elas, assim que o menino chorava, vinham …