APL 2931 [borborinho]
“Aleluia! Aleluia! Arrebenta diabo que esta alma não é tua! E rezávamos tudo isto fazendo cruzes. Uma vez, quando andávamos a sachar milho, veio um borborinho. As pessoas que lá estavam agarraram numa faca e atiraram para dentro do borborinho, e quando a faca saiu de dentro deste, vinha cheia de sangue. Os borborinhos são as almas perdidas. Um dia, houve uma rapariga que chamou nomes ao borborinho.
Ele apanhou-a e, quando a deixou cair, estava morta. Uma outra rapariga andava a trabalhar no campo e, de repente, apareceu um borborinho. Ela caiu para o lado desmaiada e desde essa altura nunca mais ficou boa.
- Source
- SALVADO, Maria Adelaide Neto Remoínhos, Ventos e Tempos da Beira s/l, Band, 2000 , p.69-70
- Year
- 1996
- Place of collection
- Cafede, CASTELO BRANCO, CASTELO BRANCO
- Collector
- Maria Alexandra de Matos (F)
- Informant
- Ilda de Jesus (F), 75 y.o.,