APL 1822 A Costureirinha

Haviam três irmãs e uma delas era costureira. E começou a andar muito doente, muito doente, e até que ela um dia pensou: vou prometer a uma santa a minha máquina de costura, que é o maior sacrifício que eu posso fazer na minha vida, se ela me curasse. E lá fez essa promessa, e começou a andar melhor, até que ficou boa. O que é que ela pensou: então eu vou dar a minha máquina de costura que é o meu ganha-pão, então e depois do que é que eu vivo. Oh! Eu agora já estou boa, não preciso dar máquina nenhuma; a santa esqueceu-se.
A mulher, a costureirinha às tantas morreu e segundo dizem que ela anda por aí a vaguear, que aparece em todas as casas que têm máquina a ver se pagam a promessa para ela ter sossego para o resto da vida.

Source
AA. VV., - Arquivo do CEAO (Recolhas Inéditas) Faro, n/a,
Year
1997
Place of collection
FARO, FARO
Collector
Rita Palma (F)
Informant
Celeste Lopes (F), 54 y.o., born at Fundão (FUNDÃO),
Narrative
When
20 Century,
Belief
Unsure / Uncommitted
Classifications

Bibliography