APL 1733 [A Alma Penada do Lameiro]
Havia um lameiro muito comprido, onde iam atalhadorar a água.
E haviam uns rapazes que eram os donos do lameiro e iam lá intalhadorá-la. E um encontrou lá uma luz e disse p’ró outro irmão:
- Não vou lá mais, porque aparece assim, assim a luz...
E ele disse-lhe assim:
- Então vou lá eu...
E chegou lá e lá estava a luz de noite e depois disse-lhe assim:
- Que é que tu queres?
Diz ele:
- Não tenhas medo, qu’eu não te faço mal. Sou fulano, estou assim, assim, interrado nas leceiras, vai lá com o padre e com a cruz e lebanta-me e interra-me no sagrado, qu’eu não faço mais mal a ninguém.
- Source
- AA. VV., - Literatura da tradição oral do concelho de Vila Real s/l, UTAD / Centro de Estudos de Letras (Projecto: Estudos de Produção Literária Transmontano-duriense),
- Place of collection
- Lamares, VILA REAL, VILA REAL
- Informant
- Maria Angelina Rainho (F), 68 y.o., Lamares (VILA REAL),