APL 294 Lenda sobre a construção da Ponte Romana de Vila Formosa (Século II dc)

A ponte foi construída por uma Companhia de Diabinhos de Mão Furada. Para a construir, a Companhia apenas dispunha de uma noite.
 Para se orientar no tempo, a Companhia dos diabinhos apenas dispunha do cantar dos galos ao longo da noite.
 Um dos Diabinhos, o vigia, estava encarregue de identificar a cor dos galos que cantavam noite fora, outro, o Mestre capataz, dirigia a Companhia que trabalhava no acoplamento das pedras.
 Caída a noite, começaram os Diabinhos a trabalhar com toda a alma e vigor. Ouve-se cantar o primeiro galo.
 Brada o capataz para o vigia: “Que galo cantou agora?” Grita de lá o vigia: “Foi o Branco! Diz o Capataz: “Não me espanto!”
 O trabalho continuou a bom ritmo. Canta outro galo.
 “Que galo cantou agora?” “Foi o Louro!” Exclama o capataz: “Mau agouro!”
 E a Companhia continuou a trabalhar cada vez com mais energia. Canta o terceiro galo.
 “Que galo cantou agora?” “Foi o Pedrez!” “Ponham pedras a três e três!”, diz o capataz já em ânsias.
 E a companhia lá ia cumprindo as ordens do Mestre capataz. Raiava já a madrugada, canta mais outro galo.
 “Que galo cantou agora?” “Foi o Preto!” “Então, por aqui me meto!” Meteram-se todos por um cabeço que ali há e deixaram a ponte por acabar. Falta-lhe uma pedra que ainda hoje lá está.

Narrative
When
20 Century, 90s
Belief
Unsure / Uncommitted
Classifications

Bibliography