Category: Carregar Animal Pesado
“Mourinhos encantados” APL 1762
MACARA, Maria Corália Carrajola , O falar dos lavradores e pescadores do concelho de Olhão. , n/a, n/a, , 251-252 Moncarapacho (OLHÃO)Os “mourinhos encantados” são-nos descritos como figuras encantadas de crianças, todas vestidas de vermelho, que apareciam ao caminhante desprevenido. Encontrando uma criança perdida ou abandonada na volta de um caminho, sobre …
O barqueiro APL 1159
MOURA, José Carlos Duarte, Histórias e Superstições na Beira Baixa, Castelo Branco, RVJ editores, 2008, 16 Pampilhosa Da Serra (PAMPILHOSA DA SERRA)Antigamente a passagem pelo rio fazia-se através de barcos puxados à vara ou remo.
Havia um barqueiro, no tempo do meu bisavô que transportava as pessoas para a outra margem …
O Borrego APL 1956
AA. VV., -, Arquivo do CEAO (Recolhas Inéditas), Faro, n/a, , Ferro (COVILHÃ) Três amigos combinaram fazer uma patuscada: um dava um borrego, outro dava o pão e o terceiro arranjaria o vinho.
Seguidamente, cada um foi ver o produto que lhe coubera …
O Cabritinho APL 1747
AA. VV., -, Arquivo do CEAO (Recolhas Inéditas), Faro, n/a, , Vaqueiros (ALCOUTIM)Uma tarde, ao anoitecer, regressava a casa o tio António, cansado do trabalho quando lhe apareceu à frente aos saltinhos um cabritinho. Ele foi logo apanhá-lo julgando estar perdido. …
O cabrito APL 1167
MOURA, José Carlos Duarte, Histórias e Superstições na Beira Baixa, Castelo Branco, RVJ editores, 2008, 20 Ladoeiro (IDANHA-A-NOVA)Um dia um homem que vivia numa quinta veio ao Ladoeiro, ao baile. Quando ia para casa já de noite, encontrou um cabrito pelo caminho, ficou todo contente e …
O cabrito cheio de frio APL 1002
AA. VV., -, Literatura Portuguesa de Tradição Oral, s/l, Projecto Vercial - Univ. Trás -os-Montes e Alto Douro, 2003, HD2 Peso Da Régua (PESO DA RÉGUA)Uma mulher vinha do trabalho, encontrou um cabrito cheio de frio e perguntou-lhe:
− Tens frio? Anda cá que eu levo-te no meu avental.
Levou-o para casa e fez uma …
O Cabrito do Diabo APL 1540
GOUVEIA, Jorge, Contos Populares do Paúl, Vila Velha de Rodao, Associação de Estudos do Alto Tejo, 2008, 13-14 Paul (COVILHÃ)Os barqueres 'tavem ali até à meia-noite, uma hora, à espera que viesse o p'ssoal, p'a passarem o p'ssoal. Davem-le um ass'bie do lade de lá do rie e eles …
O Camponês e o Diabo APL 1961
MARTHA, Cardoso, Folclore da Figueira da Foz Vol. II, Esposende, Typographia de José da Silva Vieira, 1912, 165-166 FIGUEIRA DA FOZ (COIMBRA)Havia em certa terra um homem que se gabava de ter tanto lume no ôlho que nem o próprio Diabo o enganava.
Vinha ele uma vez a recolher do trabalho …
O Carneiro APL 1960
VASCONCELLOS, J. Leite de, Contos Populares e Lendas I, Coimbra, por ordem da universidade, 1963, 399-400 Baião (Santa Leocádia) (BAIÃO)Ua ocasião vinha um home por uma estrada adiéinte e chigou a um ribeiro e encontrou um anho a berrar, e ele dixe:
— Ai, que carneirinho aqui anda! Hei-de-te …
O carneiro preto APL 1630
SARMENTO, Francisco Martins, Antígua, Tradições e Contos Populares, Guimaraes, Sociedade Martins Sarmento, 1998, 119 GUIMARÃES (BRAGA)Um sujeito dos lados da (Cruz da Argola) veio a Guimarães e só pôde retirar de noite. Passando pelo terreiro de Santa Clara viu um carneiro preto, e …
O chibato da feiteira APL 549
MOURA, José Carlos Duarte, Contos, Mitos e Lendas da Beira, Coimbra, A Mar Arte, 1996, 10 Alcains (CASTELO BRANCO)Diz-se que um dia à meia-noite um homem descia no caminho da Feiteira (Alcains) e ouviu uns berros de um cabrito. Apanhou o animal, pô-lo ao pescoço e …
O cinto do Lobisomem APL 1965
AA. VV., -, Arquivo do CEAO (Recolhas Inéditas), Faro, n/a, , Castro Verde (CASTRO VERDE)Numa terra do concelho de Beja, havia um lobisomem que se transformava num chibo.
Numa noite, quando o lobisomem se transformou em chibo, passou por ali um homem e …
O diabo às costas APL 3103
PARAFITA, Alexandre, Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2, Peso da Régua, Fundação Museu do Douro, 2010, 203 Pombal (CARRAZEDA DE ANSIÃES)O tio Nestor tinha uma quinta na Ribeira. Tinha lá um grande olival, tinha lá uns lagares grandes e uns tonéis grandes. E se lhe apetecesse de à noite …
[O Homem, o Burro e o Cabrito] APL 1953
AA. VV., -, Arquivo do CEAO (Recolhas Inéditas), Faro, n/a, , Torre De Moncorvo (TORRE DE MONCORVO)Havia um homem que ia andando por um caminho fora, à noite, e encontrou um burro e disse:
- Olha, esse burro anda perdido!
O homem resolveu agarrar o burro, …
[O Lobisomem] APL 2520
AA. VV., -, Arquivo do CEAO (Recolhas Inéditas), Faro, n/a, , Olhão (OLHÃO)Eu tenho um tio que também diz que lhe apareceu [um lobisomem] num ribeiro. Vinha das vendas, entretiam-se a jogar á carta e depois vinham para casa ás tantas. E vinha …
[O Menino dos Olhos Grandes] APL 1796
AA. VV., -, Arquivo do CEAO (Recolhas Inéditas), Faro, n/a, , FARO (FARO)Foi passada com umas senhoras que trabalhavam na fábrica do peixe e que, uma noite, depois de sairem, encontraram uma criancinha, na rua, a chorar. E uma das senhoras disse: …
[O Menino dos Olhos Grandes] APL 2547
AA. VV., -, Arquivo do CEAO (Recolhas Inéditas), Faro, n/a, , Olhão (OLHÃO)Antigamente, contam os velhotes que chegavam pescadores a casa assustados, assustados, mas muito assustados mesmo, “qu’era”: - Porque é que “tás” tão assustado?
- Àh, fui “pó” mar e apareceu-me …
[O menino dos olhos grandes] APL 2585
AA. VV., -, Arquivo do CEAO (Recolhas Inéditas), Faro, n/a, , Olhão (OLHÃO)Era um menino que aparecia nas noites escuras, de temporal, aos pescadores que não iam para o mar, ou que não podiam ir para o mar. Aparecia em sítios reconvindos …
O menino dos olhos grandes APL 2119
AA. VV., -, Arquivo do CEAO (Recolhas Inéditas), Faro, n/a, , Olhão (OLHÃO)A lenda é assim: os pescadores iam para o mar de noite, conforme a hora da maré, não é? E como ainda hoje vão. E ouviam chorar, chorar, chorar, e …
O Menino dos Olhos Grandes APL 2100
AA. VV., -, Arquivo do CEAO (Recolhas Inéditas), Faro, n/a, , Fuseta (OLHÃO)O pessoal da Fuseta aqui há uns anos, há p’ra aí uns..., isto já foi passado se calhar há uns setenta ou oitenta (oitenta não há; eu tenho oitenta e …
O Menino dos Olhos Grandes APL 2396
AA. VV., -, Arquivo do CEAO (Recolhas Inéditas), Faro, n/a, , Olhão (OLHÃO)O menino dos olhos grandes, dizem-me os pescadores e não só, que viam uma criança a chorar. Uns iam para o mar, outros iam para a vida e que ouviam …
O Menino dos Olhos Grandes APL 2406
AA. VV., -, Arquivo do CEAO (Recolhas Inéditas), Faro, n/a, , Olhão (OLHÃO)Conta-se que, antigamente quando os homens iam para o mar, lá no cais lá em Olhão, às vezes encontravam um menino, que estava sempre a chorar e a chorar, …
O menino dos olhos grandes APL 1972
AA. VV., -, Arquivo do CEAO (Recolhas Inéditas), Faro, n/a, , Olhão (OLHÃO)Em Olhão há um bairro chamado Bairro dos Pescadores, claro que toda a gente que vive lá são pescadores e o que é que acontecia? Os pescadores quando iam …
O Menino dos olhos grandes APL 2156
AA. VV., -, Arquivo do CEAO (Recolhas Inéditas), Faro, n/a, , Olhão (OLHÃO)Era um bebé, aí de uns dois anos, talvez, que aparecia a altas horas da noite a chorar na rua. Chorava, chorava, e as pessoas apanhavam-no.
Quando os homens iam …
O Menino dos Olhos Grandes APL 2147
AA. VV., -, Arquivo do CEAO (Recolhas Inéditas), Faro, n/a, , Olhão (OLHÃO)O menino dos olhos grandes passava na Barreta e era um bebezinho muito pequenino a chorar, chorar, chorava muito.
E o bebezinho depois... os homens vinham com o cestinho para …
O menino dos quatro olhos APL 2125
AA. VV., -, Arquivo do CEAO (Recolhas Inéditas), Faro, n/a, , Fuseta (OLHÃO)Conta-se que aparecia aos pescadores quando iam para o mar, de noite, um menino de olhos muito grandes, que pedia, que chorava muito e pedia aos pescadores para o levarem …
O pecado APL 99
FAEL, Isabel Maria M.A. Lopes, Narrativas Populares, Covilhã, Centro de Formação da Ass. de Escolas do Conc. da Covilhã, 2000, 19 COVILHÃ (CASTELO BRANCO)Era uma vez um homem que se levantava muito cedo para tocar as Avé-Marias. Todos os dias, de manhã e à noite, ao pôr do sol, tocava os sinos.
-São …
[O Ribeiro dos Juncos] APL 1812
AA. VV., -, Arquivo do CEAO (Recolhas Inéditas), Faro, n/a, , OLHÃO (FARO)Era eu miúdo, e então íamos ali para a porta dos vizinhos, de noite. E havia umas mulheres já de idade, que tinham aquele jeito de contar histórias, e punham-se …
O Toino das mulas e o cabrito APL 1946
SILVA, Margarida Moreira da, É por aí voz constante... e o povo sabe quando diz..., Loures, Museu Municipal de Loures, 2007, 61 LOURES (LISBOA)O Toino das Mulas trabalhava com as mulas, estava a lavrar o chão, e então ele contava que foi um dia passear, [era um rapaz novo], saiu um dia para …