PARAFITA, Alexandre, Antologia de Contos Populares Vol. 1, , Plátano Editora, 2001
A Maldição APL 1904
PARAFITA, Alexandre, Antologia de Contos Populares Vol. 1, , Plátano Editora, 2001, 196-197 VINHAIS (BRAGANÇA)Dizem os velhos transmontanos que um pai nunca deve rogar uma praga a um filho. Se o fizer amaldiçoará o seu próprio sangue e pagará caro por isso. Daí o …
A Mulher que Amamentou uma Cobra APL 1899
PARAFITA, Alexandre, Antologia de Contos Populares Vol. 1, , Plátano Editora, 2001, 104 Vidago (CHAVES)Conta-se na aldeia de Pereiro de Agrações, do concelho de Chaves, que, há muitos anos, uma cobra ia ter todas as noites à cama de uma mulher, atraida pelo …
A promessa da alma penada APL 2191
PARAFITA, Alexandre, Antologia de Contos Populares Vol. 1, , Plátano Editora, 2001, 144 VILA POUCA DE AGUIAR (VILA REAL)Conta-se há muitos anos na aldeia de Guilhado, do concelho de Vila Pouca de Aguiar, que um certo homem, quando estava a dormir, foi acordado por uma voz …
As Diabruras do Trasgo APL 1905
PARAFITA, Alexandre, Antologia de Contos Populares Vol. 1, , Plátano Editora, 2001, 205 Macedo De Cavaleiros (MACEDO DE CAVALEIROS)Conta-se que numa determinada aldeia transmontana, havia um trasgo que habitava numa das casas mais abastadas, onde fazia a vida negra aos sucessivos donos, como castigo por, noutros tempos, alguém …
As Gargalhadas do Bode APL 1910
PARAFITA, Alexandre, Antologia de Contos Populares Vol. 1, , Plátano Editora, 2001, 219 VINHAIS (BRAGANÇA)Conta-se que certa noite de inverno, um casal regressava a casa após um dia de trabalho no campo, numa propriedade distante da aldeia. Ao passar numa encruzilhada, encontraram um bode …
As pintas de sangue na levedura do pão APL 1916
PARAFITA, Alexandre, Antologia de Contos Populares Vol. 1, , Plátano Editora, 2001, 58 VINHAIS (BRAGANÇA)Nos domingos e dias feriados o povo rural ainda hoje cumpre a tradição de não ir para o campo trabalhar. E é de tal forma o respeito por esses dias, …
As Unhas do Trasgo APL 1908
PARAFITA, Alexandre, Antologia de Contos Populares Vol. 1, , Plátano Editora, 2001, 208 Sabrosa (SABROSA)Conta-se em Sabrosa que há muitos anos uma mulher que vivia sozinha costumava ouvir, ao deitar-se, um pequeno espírito a gemer e a esgadanhar no soalho junto à porta do …
Levanta-te, ó homem morto! APL 1877
PARAFITA, Alexandre, Antologia de Contos Populares Vol. 1, , Plátano Editora, 2001, 56-57 VILA POUCA DE AGUIAR (VILA REAL)Contam os antigos que um dia, quando Santo António ainda não era santo, o seu pai foi preso e condenado à forca por ter sido acusado de matar um homem …
O cemitério das cruzes APL 1917
PARAFITA, Alexandre, Antologia de Contos Populares Vol. 1, , Plátano Editora, 2001, 59 Argozelo (VIMIOSO)Em tempos que já lá vão, havia um homem que todos os dias se lamuriava porque tinha uma vida muito difícil. Estava sempre a dizer a uns e a outros …
O Criado Lobisomem APL 1902
PARAFITA, Alexandre, Antologia de Contos Populares Vol. 1, , Plátano Editora, 2001, 194 VINHAIS (BRAGANÇA)Conta-se em algumas aldeias transmontanas que, certo dia, um homem recolheu em casa um criado para trabalhar na sua fazenda. Porém, passado algum tempo, o dono da casa começou a …
O Diabo e as amêndoas APL 1920
PARAFITA, Alexandre, Antologia de Contos Populares Vol. 1, , Plátano Editora, 2001, 230 Uva (VIMIOSO)Conta-se que certo dia o Diabo, ao passar pelo termo de Uva, Vimioso, encontrou uma amendoeira em flor e sentou-se em baixo, pensando que estaria prestes a dar …
O Diabo em forma de cabrito APL 1919
PARAFITA, Alexandre, Antologia de Contos Populares Vol. 1, , Plátano Editora, 2001, 227 Peredo (MACEDO DE CAVALEIROS)Noutros tempos, ia muita gente de Peredo ao pão e às tortas a Espanha. Uma noite, um homem, a quem chamavam Flé, vinha de Espanha com o filho, Carlos, e …
O Gato Preto e as Vacas APL 1900
PARAFITA, Alexandre, Antologia de Contos Populares Vol. 1, , Plátano Editora, 2001, 135 Agrochão (VINHAIS)Havia um lavrador que costumava ir todas as noites ao curral dar de comer às vacas. Uma noite ao entrar no curral encontrou um gato preto empoleirado no lombo de …
O Justo Juízo Divinal APL 1918
PARAFITA, Alexandre, Antologia de Contos Populares Vol. 1, , Plátano Editora, 2001, 78 Vales (ALFÂNDEGA DA FÉ)Conta-se que dois lavradores andavam desavindos com um pastor porque este tinha o hábito de entrar com o rebanho nas suas propriedades. E tantas chatices tiveram com ele que um …
O Lobisomem de Rego de Vide APL 1901
PARAFITA, Alexandre, Antologia de Contos Populares Vol. 1, , Plátano Editora, 2001, 143 MIRANDELA (BRAGANÇA)Conta-se em Rego de Vide que, há muitos anos atrás, houve um homem que tinha um triste fado: era lobisomem. Durante o dia era uma pessoa normal, mas em certas …
O Marido Lobisomem APL 1911
PARAFITA, Alexandre, Antologia de Contos Populares Vol. 1, , Plátano Editora, 2001, 220 Sobreiró De Baixo (VINHAIS)Types: 4005,
Certo dia, andava um casal a trabalhar no campo até muito tarde. Como a noite era de lua cheia, e por isso tinha luz bastante para verem o que andavam …
O Menino de Vermelho APL 1909
PARAFITA, Alexandre, Antologia de Contos Populares Vol. 1, , Plátano Editora, 2001, 209 Agrochão (VINHAIS)Contam os antigos de Agrochão, Vinhais, que houve noutros tempos naquela aldeia uma velha que, todas as noites, era incomodada por ruídos de bancos a arrastar de um lado …
O Pastor, o Cutelo e o Lobisomem APL 1903
PARAFITA, Alexandre, Antologia de Contos Populares Vol. 1, , Plátano Editora, 2001, 195 VINHAIS (BRAGANÇA)Certo pastor notou que, todas as noites, havia grande reboliço no curral onde guardava as suas cabras. Quando, numa dada noite, resolveu ir ver o que se passava, apercebeu-se que …
Os Piolhos da Velha APL 1906
PARAFITA, Alexandre, Antologia de Contos Populares Vol. 1, , Plátano Editora, 2001, 206 VINHAIS (BRAGANÇA)Havia uma velha que todas as noites era atormentada por um trasgo, que mexia e remexia nas louças, arrastava os móveis e fazia ranger as portas. Por isso, a pobre …
Quando o Diabo era barqueiro APL 1868
PARAFITA, Alexandre, Antologia de Contos Populares Vol. 1, , Plátano Editora, 2001, 216 VINHAIS (BRAGANÇA)Houve também um santo que fez das boas ao Diabo. Foi o Santo Hilário. Numa ocasião, estava o Diabo de barqueiro num rio [o rio Rabaçal]. E ao …
Vai p’ra quem te comeu as leiras! APL 1907
PARAFITA, Alexandre, Antologia de Contos Populares Vol. 1, , Plátano Editora, 2001, 207 Sabrosa (SABROSA)Em algumas aldeias transmontanas crê-se que os trasgos, ouvidos e sentidos em determinadas casas, são o espírito de alguém que ali morreu e que regressa para atormentar quem lá mora, …