APL 1947 História das queijadas

(…) Uma colega minha que já morreu, namorava com um rapaz, (...) mas o rapaz tinha outra rapariga!
 Ela queria que ele voltasse para ela e ópois (era festa aqui de Sto. Amaro, aqui na capela) e ela comprou meia dúzia de queijadas e deu-me (estava eu dentro da Capela) a deu-me a mim para eu dar a ele. E eu comi, não me fez mal nenhum e a ele matou! (...) É verdade, matou-o! (...) O mal é só para a pessoa que... (...) Ópois diziam-me a mim, eu não gostava nada, que eu tinha matado o rapaz... Eu não o matei, eu dei-lhe o que ela me deu para lhe dar a ele. (...) Quando ele estava muito mal é que se começou a descobrir que tinha sido das queijadas. Foram a uma mulher, e a mulher disse que ele tinha comido umas queijadas. eu é que lhas tinha dado, está a ver... Não me aconteceu nada, nem lhe deitei o mal, ela é que me deu para eu lhe dar a ele. (...) Algumas rezas, porcarias, (...) teve de as fazer, mas só directas a ele!”

Source
SILVA, Margarida Moreira da É por aí voz constante... e o povo sabe quando diz... , Museu Municipal de Loures, 2007 , p.61-62
Place of collection
LOURES, LISBOA
Narrative
When
20 Century,
Belief
Unsure / Uncommitted
Classifications

Bibliography