APL 2076 “A lenda do fantasma que pede boleia” (versão 2)

Cheguei a ouvir contar, que a rapariga estava na KADOC, e que alguém passava por ela e que lhe tocava e sentia-a gelada. E então por simpatia, ou por querer meter conversa, chegavam-lhe a oferecer o blusão, e ela ao princípio dizia que não queria aceitar mas depois acabava por aceitar que lhe emprestassem o blusão, e dava a morada dela para irem buscar o blusão a casa. No dia a seguir, o rapaz chegava a ir lá à porta, batia à casa dela, batia à porta, e atendia a mãe e ele dizia que tinha estado com a filha da senhora na noite anterior e que lhe tinha emprestado o blusão, e que vinha para vir buscar o blusão, ao que a mãe respondia que a filha tinha morrido há um ano, há dois, há três conforme o tempo que tivesse passado, e que não tinha blusão nenhum. Chegava-lhe a ir mostrar o quarto com as coisitas todas conforme ela tinha deixado, e acabavam por ir ao cemitério e o blusão estava em cima da campa no cemitério em Quarteira.

Source
AA. VV., - Arquivo do CEAO (Recolhas Inéditas) , n/a,
Year
2006
Place of collection
Almansil, LOULÉ, FARO
Collector
Ana Raquel Silva (F) (19 y.o.)
Informant
Patrícia Carina Barão (F), 28 y.o., born at Almansil (LOULÉ),
Narrative
When
20 Century,
Belief
Unsure / Uncommitted
Classifications

Bibliography