APL 2473 A rapariga fantasma (que pede boleia)
Bem. Então vou contar-vos uma história que eu ouvi aí há cerca de uns... 3 anos. E... consta que foi a caminho de Loulé, numa estrada escura. Ia um grupo de amigos, tinham saído de uma discoteca e decidiram ir a Loulé. Tinham que ir buscar familiares, salvo erro. Iam todos divertidos, alguns iam assim já meio embriagados, pronto, e alguns tinham que ficar assim já em casa, então ficavam logo, ficavam logo de caminho. E, de repente, o condutor começou assim com histórias diabólicas, começou assim, tipo, “eh pá, então e se agora o carro se despistasse e nós caíssemos todos e morrêssemos todos...”, pronto. Estava uma rapariga ali de pendura, ao lado do condutor, que disse “ah, não digas isso nem a brincar, não sei quê, não sei quê” e, de repente, viram uma placa e essa placa dizia... “Cuidado com a rapariga”. E eles disseram, “eh pá, mas quem seria o estúpido que meteu isto aqui?” E começaram a gozar, e começaram a inventar histórias. E de repente, começaram a discutir por causa daquelas histórias,... Pronto, as pessoas começaram a ficar nervosas, os que estavam atrás começaram a ficar nervosos e aquilo começou a gerar uma grande confusão e eles não viram que estava de facto uma rapariga... ali à frente. E o carro despistou-se e só houve um sobrevivente. E o sobrevivente que... O sobrevivente foi internado e ele contou que tinha visto uma rapariga mas que não era, não estava viva. Que tinha... que já tinha falecido. E que aquela placa que eles tinham visto... pronto, ele agora já acreditava que aquela placa fosse verdadeira, que, de facto, tinha mesmo morrido ali uma... uma... Uma rapariga.
- Source
- AA. VV., - Arquivo do CEAO (Recolhas Inéditas) , n/a,
- Year
- 2008
- Place of collection
- LOULÉ, FARO
- Collector
- Carla Velez (F)
- Informant
- Tânia Dias (F), 20 y.o., born at FARO (FARO),