APL 1097 O cavalo da ribeira
Dizia o meu pai que na Pracana (qu’ele era da Pracana), quando era moço e ia dormir para os palheiros com os irmãos, como era hábito, aconteceu algumas vezes que ouviam durante a noite, para os nateiros existentes nas margens da ribeira, um barulho enorme, que até metia medo, de cavalo a galopar. Ora pra cima ora pra baixo. Diziam então:
- Naquela ribeira não ficou nem um troço de milho em pé.
E qual era o espanto, quando no outro dia esperavam ver tudo esputricado e estragado e estava tudo normal.
D’ziam então que o cavalo tinha “perdido a carreira”, que se desnorteou e não encontrou a saída do vale.
- Source
- HENRIQUES, Francisco Contos Populares e Lendas dos Cortelhões e dos Plingacheiros , Associação de Estudos do Alto Tejo, 2001 , p.128
- Year
- 1990
- Place of collection
- MAÇÃO, SANTARÉM
- Collector
- Francisco Henriques (M)
- Informant
- Maria de Lurdes Pereira (F), MAÇÃO (SANTARÉM),