APL 2189 [A Tia Janela]

A tia Janela afirmou que, num serão, carecera de acender uma candeia e que, dando pela falta de lumes, viera à porta ver se passava alguém para lhe pedir. Abrindo o postigo, viu que vinham ao longe muitas luzes e, quando estas se abeiraram, pediu um lume, que lhe foi entregue pelo postigo. Acesa a candeia, quando ia entregar a vela que tinha recebido, já o grupo se tinha distanciado, reparando ela, então, que em lugar de uma vela lhe tinham entregado uma tíbia! Fora no dia seguinte confessar-se, sendo-lhe dado o conselho de à mesma hora esperar novamente o grupo e entregar à que fosse sem luz o que lhe tinha sido dado. Eram almas boas que andavam a pedir orações.

Source
GRAÇA, A. Santos A Crença do Poveiro nas Almas Penadas , sem editora, 1934
Place of collection
Póvoa De Varzim, PÓVOA DE VARZIM, PORTO
Narrative
When
20 Century,
Belief
Unsure / Uncommitted
Classifications

Bibliography