APL 3179 A roupa raiada de sangue

Também aconteceu numa Sexta-Feira santa um outro caso, num lugar aqui perto a que chamam o Lameiro do Prado [aldeia da Ribeirinha].
Dantes as pessoas, depois de lavarem as roupas, faziam um estendedouro nas relvas e punham-nas à cora, para saírem as manchas. E nesse tal lameiro iam também lá pôr as roupas.
Então uma mulher, no dia anterior, disse que ia na Sexta-Feira lavar e pôr a roupa lá a corar. E disseram-lhe:
— Olhe que amanhã é Sexta-Feira santa!
E ela respondeu:
— Quem fez a Sexta fez o Sábado!
E foi. E então a roupa diz que apareceu toda raiada de sangue.

Source
PARAFITA, Alexandre Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2 , Fundação Museu do Douro, 2010 , p.298
Year
2004
Place of collection
Vilas Boas, VILA FLOR, BRAGANÇA
Informant
Zulmira Garcia Carvalho (F), 60 y.o.,
Narrative
When
20 Century,
Belief
Unsure / Uncommitted
Classifications

Bibliography